O último plugin

Depois do fim anunciado do Microsoft Silverlight e do Java Plugin, chegou a vez do anúncio de adeus do último e mais popular plugin de navegadores web de todos os tempos: o Adobe Flash.

Segundo o anúncio oficial de 2017-07-25 no site da Adobe, padrões abertos como HTML5, WebGL e WebAssembly amadureceram nos últimos anos, e agora provêm a maioria dos recursos e funcionalidades de plugins pioneiros e são uma alternativa viável para conteúdo dinâmico, vídeo, animações e jogos na web. Atualmente os principais navegadores integram recursos nativos antes só possíveis através de plugins.

Nesse cenário, e em colaboração com parceiros tecnológicos incluindo Apple, Facebook, Google, Microsoft e Mozilla, a Adobe planeja o fim-de-vida do Flash até o fim de 2020, e encoraja os criadores de conteúdo a migrarem conteúdo existente em Flash para um destes novos padrões abertos. Até lá, a Adobe vai continuar prestando suporte e atualizações (de segurança e compatibilidade) ao Flash nos sistemas operacionais suportados.

Além disso, a Adobe cogita antecipar prazos de fim-de-vida do Flash em certas regiões do mundo onde versões não licenciadas e desatualizadas do Flash Player tem sido distribuídas.

O Flash surgiu em 1996 lançado pela FutureWave originalmente com o nome Shockwave. Naquele mesmo ano a pequena foi comprada pela Macromedia, por sua vez adquirida pela Adobe em 2005. Atingiu a marca de mais de 1 bilhão de instalações em computadores conectados, e foi por muito tempo padrão de fato da indústria para animações e jogos na web.

A era dos dispositivos móveis (tablets e celulares com Android e iOS) sem suporte a plugins e, como citou o anúncio da Adobe, os novos padrões abertos desde o HTML5 impulsionam a decadência e fim dos plugins, incluindo agora o ilustre Flash.

Google atualiza logo

Em 1º de setembro de 2015, mesmo dia em que o lançamento da versão 45 do navegador Google Chrome encerrou a compatibilidade com plugiins NPAPI (em especial Oracle Java e Microsoft Silvelight), a Google lançou uma atualização da identidade visual de sua logomarca, incluindo novo ícone.

Logotipo Google

Google Logotype

Um logotipo em fonte sem serifa mantendo a sequência multi-cor característica da Google.

Google dots

Google Dots

Uma destilação dinâmica do logotipo para momentos interativos, assistivos e transicionais.

Ícone Google G

Google G

Uma versão compacta do logo Google que funciona em pequenos contextos, como ícone.

Para saber mais:

Curso de Excel Avançado gratis online

O professor Julio Battisti oferece, em seu portal, muitos cursos on-line sobre informática e outros temas de amplo interesse, que podem ser comprados para realização on-line com emissão de certificado de participação por valores módicos.

Além de muitos cursos, estão também disponíveis muitas apostilas (e-books) e videoaulas.

Alguns destes cursos tem seu conteúdo disponível gratuitamente. É o caso do curso de Excel Avançado em 120 lições (http://www.juliobattisti.com.br/excel120avancado/indice.htm), dividido em 6 módulos. São 420 páginas de conteúdo. O programa dos módulos é o seguinte:

  • Módulo 1 – Trabalhando com Listas de dados
  • Módulo 2 – Mais sobre Listas. Exportação e Importação de dados
  • Módulo 3 – Tabelas Dinâmicas
  • Módulo 4 – Análise, Cenários e Consolidação de Dados
  • Módulo 5 – Macros e programação VBA no Excel
  • Módulo 6 – VBA – O Modelo de Objetos do Excel

O curso é aberto ao público, não requer inscrição ou registro, basta acessar o link inicial do curso e ir seguindo as páginas e links dos módulos e lições, acompanhando as exposições e praticando os exercícios no seu Excel.

Nota: A aparência das ilustrações no curso segue a interface existente até o Excel 2003, baseada nos menus e barras de tarefas tradicionais, e não na nova organização de interface integrada de comandos em abas da faixa de opções (em inglês, ribbon) introduzida a partir do Microsoft Office 2007.

No site do professor Batisti, há também a opção de se adquirir o E-Book do curso Excel Avançado (http://www.juliobattisti.com.br/cursos/excelavancado/indice.asp), livro eletrônico com mais de 400 páginas.

Outro dia em uma banca de revistas me chamou atenção o livro Excel Avançado, por Robert Martim, Editora Digerati, por R$ 29,95. Cobre o Excel 2007 e inclui CD-ROM. O que mais me atraiu foi o currículo do autor: Pós-graduado em Finanças pela Universidade de Londres, Microsoft Office 2003 Expert, MCP e MVP Excel. Como o livro estava lacrado, não pude conferir o conteúdo. Alguém conhece?

Suporte ao acordo ortográfico nos programas

Com o início da vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no Brasil em 2009, uma necessidade decorrente dos usuários de computador é o suporte a esta reforma ortográfica nos programas.

O mais importante são os revisores ortográficos e gramaticais dos editores de texto, bem como dos programas onde há campos de entrada/digitação de texto, como os clientes de e-mail e os campos de texto dos navegadores/browsers internet.

Veja a seguir quais já oferecem suporte ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

LibreOffice/BrOffice/OpenOffice e Mozilla

O VERO – Verificador Ortográfico do projeto BrOffice.org inclui suporte ao acordo ortográfico, corretores ortográfico e gramatical e divisão de sílabas, desde a versão 2.0 já disponível em 1º de janeiro de 2009, graças ao trabalho do sergipano Raimundo Santos Moura.

Está disponível para uso com os programas do pacote de escritório LibreOffice/BrOffice.org (editor de texto, planilha, apresentações, desenho) versões 2.x em diante.

Disponível também com os programas de internet da fundação Mozilla — o navegador Firefox, o cliente de e-mail Thunderbird, a suíte Seamonkey — na forma de extensão como dicionário pt_BR para o corretor ortográfico nativo.

Microsoft Office

O Microsoft Office 2010 já tem suporte nativo ao Acordo Ortográfico.

A Microsoft liberou em 14/10/2009 o pacote de atualização KB972854 de 30/09/2009 para o Microsoft Office 2007, provendo suporte ao Acordo Ortográfico.

A página sobre a Atualização para o Verificador Ortográfico, Dicionário de Sinônimos e Verificador Gramatical do Microsoft Office 2007 também apresenta informações adicionais sobre a reforma ortográfica e indica Artigos sobre a Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa.

Como o Microsoft Office 2003 já encerrou seu ciclo de vida principal de suporteem 14/04/2009, e entrou em suporte estendido apenas para atualizações de segurança até 2014 — a Microsoft deixou o suporte a essa versão de fora da atualização.

No Office 2007 com a atualização, observei que permanecia a autocorreção ao digitar de “linguiça” para “lingüiça” (com trema). Foi preciso eu remover manualmente: Opções do Word > Revisão de Texto > Opções de AutoCorreção > Substituir texto ao digitar > selecionar a substituição de linguiça > escolher o botão Excluir.

Para saber mais:

A internet multimídia

Desde a popularização do YouTube, a internet entrou massivamente na multimídia. Hoje em dia, até orgãos governamentais brasileiros “moderninhos” como a Embrapa tem sua Videoteca Digital.

Mas crescem os repositórios gerais de mídia de todo o tipo na Internet. E por causa disso, resolvi listar alguns interessantes aqui.

Vídeo

Imagens e Fotos

Áudio

  • Sonora – Terra [Brasil], player em Flash ou Microsoft Silverlight, sem possibilidade de download
  • GoEar, player embutido (Flash), sem possibilidade de download

Documentos Textuais

  • Scribd, visualizador próprio (iPaper Viewer) embutido (Flash), com capacidade de baixar (salvar arquivo local) como PDF e TXT
  • Google Docs [em português], serviço gratuito de aplicativos de escritório on-line e hospedagem de documentos, requer registro (Google) gratuito, oferece a possibilidade de seus usuários compartilharem/disponibilizarem documentos, inclusive textos

Apresentações

  • SlideShare [em português], com opção de baixar (download) em PDF (requer cadastro gratuito)
  • Google Docs – Presentation [em português], serviço gratuito de aplicativos de escritório on-line e hospedagem de documentos, requer registro (Google) gratuito, oferece a possibilidade de seus usuários compartilharem documentos, inclusive apresentações

Mapas

Certamente tem muito mais coisa. Inclusive, gostaria de saber as sugestões dos leitores do blog. O que mais tem de bom em mídia na internet que não estou sabendo (ou pelo menos não listando aqui)?

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Feliz 2009 a todos!

Entrou em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2009 o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), resultante do projeto de ortografia unificada de língua portuguesa de 1990, depois de um longo período de mais 18 anos de depuração e espera.

O Decreto do Presidente Lula que promulgou o Acordo estabelece um período de transição até o fim de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.

Segundo o MEC, a unificação da ortografia acarretará alterações na forma escrita em aproximadamente 1,6% do vocabulário usado em Portugal e 0,5% no Brasil, e as diferenças ortográficas existentes entre o português do Brasil e o de Portugal serão resolvidas em 98%.

Reduzindo as diferenças ortográficas entre Brasil, Portugal e demais países de língua portuguesa rumo a uma unificação, a medida tem um fator político e global muito importante, mas também sofre críticas de caráter teórico, prático e ideológico, assim como ocorreu com outras reformas e acordos ortográficos no passado.

Resumo das principais mudanças, para o Português do Brasil, no alfabeto, trema, acentos e hífen:

  • Entram oficialmente as letras K, W e Y no alfabeto português, que passa a ter 26 letras
  • Não se usa mais trema (¨) em cima do U (ü), permanecendo apenas nas palavras de origem estrangeira, como Müller — ex: linguiça, frequente, aguentar, sequência, bilingue
  • Some o acento agudo dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas — ex: ideia, Coreia, estreia, plateia, assembleia, heroico, boia, asteroide, androide, joia, paranoia, jiboia
  • Some o acento circunflexo das palavras terminadas em êem e ôo(s) — ex: creem [crer], deem [dar], leem [ler], veem [ver], preveem [prever], voo(s), enjoo(s), abençoo, perdoo [perdoar]
  • Some o acento diferencial, exceto em pôr/por e pôde/pode; o acento em fôrma é opcional, quando necessário diferenciar de forma; permanecem também os acentos que diferenciam singular e plurar de ter, vir e seus derivados (tem/têm, vem/vêm, mantém/mantêm etc.) — ex: para [pára], pela(s) [péla(s)], pelo(s) [pêlo(s)], polo(s) [pólo(s)], pera [pêra]
  • Some o acento no i e no u tônico depois de ditongo, em palavras paroxítonas — ex: baiuca, bocaiuva, feiura
  • Simplificado o uso do hífen, retirado após a maior parte dos prefixos; permanece hífen quando a palavra seguinte é iniciada com H ou com letra igual à última do prefixo; se o prefixo termina com vogal e a palavra seguinte é iniciada com R ou S, dobram-se essas letras (rr e ss); com o prefixo vice, sempre se usa hífen — ex: autoescola, autorretrato, autossustentável, auto-hipnose, auto-observação, micro-ondas, supersônico, super-homem, inter-regional, sub-base, vice-presidente.

Veja detalhes em:

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Outra dica é o portal UmPortugues.com – Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, por Aurélio Marinho Jargas. Criado para ajudar no aprendizado da nova ortografia, o site, além de trazer o texto oficial do Acordo Ortográfico para consulta, oferece um verificador automático que analisa o texto digitado pelo visitante quanto às novas regras do Acordo e aponta e explica as grafias incorretas.

Histórico

Eis um histórico da aprovação do acordo ortográfico de 1990 no Brasil e demais países de língua portuguesa:

  • projeto aprovado em Lisboa, em 12 de outubro de 1990, por delegações de Portugal (Academia das Ciências de Lisboa), Brasil (Academia Brasileira de Letras — Prof. Antônio Houaiss e Dra. Nélida Piñón), Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com a adesão da delegação de observadores da Galiza;
  • Acordo Ortográfico assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, pelos representantes dos órgãos de Educação e Cultura dos sete países signatários;
  • em Portugal, Acordo aprovado pela Resolução da Assembléia da República nº 26/91, em 4 de junho de 1991, e ratificado pelo Decreto do Presidente da República nº 43/91, em 4 de agosto de 1991 (Diário da República);
  • Acordo aprovado pelo Congresso Nacional do Brasil, por meio do Decreto Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995 (Diário do Congresso Nacional);
  • no artigo 3º, o Acordo previa a sua entrada em vigor a 1º de janeiro de 1994, mediante a ratificação de todos os membros, mas ficou pendente porque apenas Portugal (1991), Brasil (1995) e Cabo Verde haviam ratificado o documento;
  • em 17 de julho de 1998, na cidade da Praia, Cabo Verde, foi assinado um “Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa” que retirou do texto original a data para a sua entrada em vigor;
  • em julho de 2004, os chefes de estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunidos em São Tomé e Príncipe, aprovaram um “Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico” que, permitia a adesão de Timor-Leste e previa que, em lugar da ratificação por todos os países, fosse suficiente que três membros da CPLP ratificassem o Acordo Ortográfico para que este entrasse em vigor nesses países;
  • Acordo promulgado pela Presidência da República do Brasil, no Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 (Diário Oficial da União). A cerimônia ocorreu na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, celebrando os 100 anos da morte do escritor Machado de Assis.

Para saber mais

Rádios FM de BH

Várias vezes já procurei na Internet informações sobre rádios FM da região de Belo Horizonte e não encontrei uma referência prática. Então, listo aqui as principais rádios da minha preferência, com links para os respectivos sites da rádio e, quando é o caso, da rede a qual pertencem.

Voltadas principalmente ao público jovem:

Voltadas a público variado, principalmente adulto:

  • 96,5 – Guarani (guarani.com.br) – público adulto/variado
  • 94,9 – Alvorada (alvoradafm.com.br) – público adulto/variado
  • 100,9 – Inconfidência (Brasileiríssima) – público adulto/variado
  • 102,9 – CDL FM (cdlfm.com.br da CDL-BH) – público adulto/variado
  • 105,1 – Antena 1 BHRede Antena 1 – público adulto/variado, flashback

Especializadas em notícias e esportes:

Portais de rádios on-line:

Padrão ISO/IEC 26300:2006 de ODF em português

Lendo o artigo ODF em 2008 (2007-12-14) no blog de Cezar Taurion, Gerente de Novas Tecnologias da IBM Brasil, fiquei sabendo que o padrão ISO/IEC 26300:2006 — que normatiza o OpenDocument Format (ODF) — foi recentemente traduzido para o português pela ABNT.

O trabalho foi liderado por Jomar Silva, Coordenador do GT2 da Comissão de Estudo CE-21:034.00 ABNT e Diretor da ODF Alliance no Brasil.

Tanto o documento do padrão ISO/IEC 26300:2006 original em inglês quanto a tradução para português estão livremente disponíveis para baixar:

OpenDocument Format (ODF) é o formato aberto de documentos de escritório (texto, planilha, apresentação), utilizado por pacotes de escritório software livre como OpenOffice.org e IBM Symphony, padronizado pela OASIS e que se tornou um padrão internacional ISO em 2006.

A leitura do artigo de Cezar Taurion é interessante. Recomendo também meus posts OOXML não aprovado como padrão ISO e Microsoft Office “Open” XML, que dão uma visão geral do debate entre ODF e a tentativa (frustrada até agora) da Microsoft em tornar o formato OOXML do Microsoft Office 2007 também um padrão ISO.

OOXML não aprovado como padrão ISO

[Atualização: Em abril de 2008, o padrão OOXML conseguiu ser aprovado como a norma ISO/IEC DIS 29500. Veja o artigo Nem Microsoft consegue implementar todo OOXML.]

O conjunto de formatos de documento Office Open XML (OOXML), oriundo dos formatos do Microsoft Office 2007 padronizados pela ECMA International, não foi aceito como padrão ISO na votação que se encerrou domingo, dia 2 de setembro. A decisão final ocorrerá em Genebra, de 25 a 29 de fevereiro de 2008.

O processo de votação durou nove meses e foi aberto a 104 países membros da ISO/IEC, que avalia o padrão ECMA-376 como a proposta ISO/IEC DIS 29500, Office Open XML file formats, no subcomitê técnico JTC1 / SC34.

O subcomitê é composto por países membros, representados por seus órgãos nacionais de padronização, divididos entre países participantes (P) e observadores (O). Tem ainda conexão com os organismos internacionais ISUG, OASIS e W3C. O Brasil é membro participante (P), representado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Uma aprovação na ISO/IEC requer que pelo menos 2/3 (i.e. 66,66%) dos votos emitidos por países participantes (P) do comitê sejam positivos; além disso, não pode haver mais que 1/4 (25%) do total de países votantes negativo. Computam-se apenas os votos válidos, não incluídas abstenções.

Nenhum destes critérios foi atingido na votação do DIS 29500, que teve 53,12% positivos nos votos válidos dos 41 participantes “P” (17 dos 32, com 9 abstenções) e 26,1% negativos totais (“P” + “O”), 18 dentre 69 válidos. Detalhes da votação podem ser conferidos em OOXML Perdeu, por Avi Alkalay, IBM Brasil, 2007-09-04; e Results of the OOXML Ballot of 2nd September (em inglês), por NoOOXML.

A secretaria da ISO decidiu levar a questão adiante até um Ballot Resolution Meeting (BRM – encontro de resolução de votação), para decisão final. De 25 a 29 de fevereiro do ano que vem, representantes nacionais vão se encontrar em Genebra, na Suíça, para discutir e realizar a votação final do OOXML.

Até lá, as especificações do OpenXML devem ser editadas e adaptadas para atender aos 63 comentários submetidos à ISO, por órgãos nacionais de padronização de países membros, durante o período de revisão.

Histórico

A Microsoft havia submetido o formato OOXML para padronização pela ECMA em novembro de 2005. Foi uma reação à padronização do formato aberto de documentos do OpenOffice.org Open Document (ODF) versão 1.0 pelo OASIS, em maio de 2005 e então aprovado como padrão internacional ISO/IEC 26300, em novembro de 2006.

A especificação OOXML, gigante nebuloso de mais de 6000 páginas, teve seu rascunho aprovado pela ECMA em novembro de 2006 e logo submetido à ISO/IEC, para avaliação como padrão internacional. O processo na ISO/IEC corre em caráter de “via expressa” (fast track), valendo-se de acordos existentes entre ECMA e ISO.

Em dezembro de 2006 a ECMA aprovou a especificação OOXML como o padrão ECMA-376. Já na ISO, a controversa proposta não teve aceitação tão fácil.

Durante os nove meses que se passaram desde então, o formato OOXML foi duramente criticado por especialistas e organizações em torno da comunidade de software livre mundial, tanto quanto às falhas e inconsistências no formato quanto à lisura do pretenso padrão, que de tão complexo e intrincado mostra não ser verdadeiramente aberto, de forma que só o Microsoft Office seria efetivamente capaz de implementá-lo.

Bastidores da votação

A ABNT votou “não com comentários” pelo Brasil. O voto brasileiro contra o OOXML é coerente com o país onde o governo, a diplomacia e grande parte da comunidade de desenvolvedores e usuários apóia e é engajada no software livre no Brasil e no mundo. Em contraposição, OOXML é um padrão proposto por um único fornecedor comercial e implementado por um único produto proprietário, o Microsoft Office.

As discussões no Grupo de Trabalho (GT2) da ABNT para o OOXML, em 21 e 22 de agosto, foram conturbadas e inconclusivas, conforme relatos do membro Avi Alkalay, IBM: Indefinição Marca Fim da Votação do OOXML na ABNT; Impressões Sobre Reunião Final da ABNT; e OOXML: Brazil Says NO. Foi consenso porém que não se queria abstenção de voto do Brasil e que todos concordavam com os 63 comentários recebidos na ISO para o OOXML. Assim, restavam as opções “sim com comentários” e “não com comentários”. Com a ponderação de que o “não” daria mais força aos comentários, decidiu-se finalmente pelo voto brasileiro “não com comentários”.

Sobre o GT2 da ABNT e sua decisão, veja também os artigos sobre OpenXML por Cezar Taurion, IBM; e a explicação sobre os resultados da votação na ISO por Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone, atual diretor da ABNT, divulgada pelo blog Homembit em “Valeu ou não valeu?”, 2007-09-05.

BR-Linux.org divulgou em 30 de agosto que às vésperas do final do prazo, EUA e Suécia mudaram seus votos. Nos Estados Unidos, seu comitê representante INCITS teve dia 29/08 uma inesperada decisão de voto a favor depois que quatro membros — grupo GS1, Lexmark, National Institute of Standards and Technology (NIST) e o Departamento de Defesa (DoD) Americano — mudaram seus votos, anteriormente contrários. Veja o resultado completo da votação no INCITS.

Na Suécia a coisa foi ainda mais feia. A subsidiária sueca da IDG divulgou o conteúdo vazado de um memorando da Microsoft em que um empregado oferecia vantagens financeiras em troca de seus parceiros se juntarem ao Swedish Institute of Standards (SIS) para votar sim ao OOXML. A Microsoft confirmou a informação, mas disse que a oferta, tão logo descoberta, foi prontamente retirada e que os gerentes da Microsoft Suécia voluntariamente notificaram o SIS do fato.

Antes disso, já haviam ocorrido críticas ao lobby da Microsoft Portugal em favor do OOXML. Veja em Portugal: Balanço da votação da proposta de norma DIS 29500, vulgarmente conhecida por OOXML, por Redação PSL Brasil, 2007-08-06; e Microsoft Stuffs OOXML Ballot Box in Sweden? (em inglês), por Jeff Kaplan, 2007-08-27.

Apesar de tudo, a Microsoft divulgou o esperançoso press release Strong Global Support for Open XML as It Enters Final Phase of ISO Standards Process (em inglês) ontem. O otimismo e súbito interesse em padrões da Microsoft foi comentado com espanto no artigo Microsoft OOXML ballot stuffing comes up short (em inglês), por David Hunter, 2007-09-04.

Para saber mais:

Apresentações em PDF

Na hora de preparar minhas apresentações (slides), eu prefiro gerá-las em PDF do que usá-las em formato nativo do Microsoft PowerPoint (PPS), por exemplo. Primeiro porque é mais fácil haver um Acrobat Reader instalado em qualquer computador do que um PowerPoint Viewer, garantindo assim maior compatibilidade. Segundo, porque o formato PDF é muito mais “universal” para se distribuir. E por fim, mas não menos importante, porque o formato PDF garante a correta exibição de fontes e objetos, independente da configuração ou recursos instalados no computador destino.

Além disso, o Acrobat conta igualmente com um modo tela-cheia (full-screen) para apresentações. Só não conta com adereços de transição, que eu particularmente acho cansativos e dispensáveis na maior parte dos casos.

[Atualização] No PowerPoint 2007 (Service Pack 2) e no BrOffice.org, é possível exportar a apresentação diretamente para formato PDF.

No Windows, se você tem o FreePDF instalado ou outra impressora PostScript/PDF para a geração de arquivos PDF, as configurações a seguir gerarão sua apresentação PowerPoint como PDF no tamanho ideal para tela cheia.

No PowerPoint:

  1. Menu: Arquivo » Configurar página
  2. Slides dimensionados para: “Apresentação na tela” (Largura 25,4cm × Altura 19,05cm)
  3. Orientação – Slides: “Paisagem”

No FreePDF (pela impressão do PowerPoint):

  1. Menu: Arquivo » Imprimir
  2. Botão Propriedades
  3. Orientação: “Retrato”
  4. Botão Avançado
  5. Papel/Saída » Tamanho do papel: “Tamanho de página personalizada PostScript”
  6. Editar tamanho: Largura 190.50 × Altura 254.00, Unidade: “Milímetro”

Na hora de apresentar, coloque o Acrobat Reader em modo tela-cheia: Ctrl+L