10 truques obscuros do Word

Encontrei no portal de tecnologia TechRepublic o documento 10 obscure Word tricks that can expedite common chores, disponível para download como PDF, que lista 10 truques “obscuros” do Microsoft Word que podem ser muito úteis. Veja alguns a seguir:

  1. Mover linhas/parágrafos para cima ou para baixo
    Com o cursor posicionado em uma linha de uma tabela, mantenha pressionadas as teclas [Shift] + [Alt] e utilize as setas para cima e para baixo para mover a linha inteira da tabela, acima ou abaixo. Fora de tabelas, o mesmo recurso serve para mover parágrafos acima e abaixo no texto.
  2. Retornar aos últimos pontos de edição
    Utilize a combinação de teclas [Shift] + [F5] para retornar a até quatro últimos pontos de edição no texto. Isto é especialmente útil quando você está trabalhando com vários trechos de um documento grande. Funciona também quando você acaba de reabrir um documento editado recentemente: o Word posiciona inicialmente o cursor no início do texto, mas com [Shift] + [F5] você retorna ao ponto onde estava editando antes.
  3. Salvar/fechar todos os documentos abertos de uma vez
    Se você tem vários documentos abertos e quer salvar todos de uma vez, ou fechar todos de uma vez, mantenha pressionada a tecla [Shift] e então abra o menu Arquivo. As opções Salvar e Fechar terão se tornado “Salvar tudo” e “Fechar tudo”, respectivamente.
  4. Selecionar um bloco vertical
    Normalmente, a seleção do Word se estende pelo fluxo horizontal do texto. Podem existir situações, porém, onde você precisa selecionar um bloco arbitrário de texto na vertical (veja exemplo no PDF em TechRepublic). Para isso, posicione o cursor na coluna inicial desejada, mantenha pressionada a tecla [Alt] e então arraste o mouse (ou use as setas) para selecionar o bloco vertical desejado.
  5. Calculadora
    Existem comandos do Word que, por padrão, não estão nos menus e barras de ferramentas, mas podem ser adicionados. Um deles é a Ferramenta Calcular, que efetua o cálculo de uma série de números selecionados no texto. Se não houver operadores matemáticos (+ – * / etc.) entre os números, o Word assume soma. O resultado do cálculo aparece na barra de estado e também fica armazenado na área de transferência. Para deixar este recurso à mão, escolha o menu Ferramentas » Personalizar, aba “Comandos”, categoria “Todos os comandos”, localize o comando “FerramCalcular” e então arraste-o para uma barra de ferramentas ou menu.
  6. Copiar formatação pelo teclado
    A ferramenta “Pincel” do Word pode ser usada para copiar a formatação de um texto e aplicá-la a outro(s) trecho(s). As combinações de teclas de atalho para isso são: [Ctrl] + [Shift] + [C] para copiar a formatação desejada, e [Ctrl] + [Shift] + [V] para colar a formatação em um novo texto selecionado. Estes atalhos são fáceis de lembrar, pois são os mesmos de Copiar e Colar conteúdo acrescidos de [Shift].
  7. Duplicar texto/objetos com o mouse
    Selecione um trecho de texto ou um objeto/desenho no Word, mantenha pressionada a tecla [Ctrl] e arraste a seleção para criar uma cópia, ao invés de mover.

Para ver as demais dicas e ilustrações, acesse o documento em TechRepublic. Está disponível lá também um documento com 10 truques obscuros do Excel.

Microsoft Office "Open" XML

O formato para documentos de aplicações de escritório OpenDocument (ODF) — ou OASIS Open Document Format for Office Applications — é um padrão aberto desenvolvido pelo consórcio internacional OASIS de padrões da indústria. OpenDocument é baseado no formato XML originalmente criado pela OpenOffice.org. Foi aprovado como padrão OASIS em 1º de maio de 2005, e se tornou um Padrão Internacional oficialmente publicado pela ISO e IEC em 30 de novembro de 2006, recebendo a numeração ISO/IEC 26300:2006.

Em resposta a este padrão e ao próprio pacote de escritório livre e multi-plataforma OpenOffice.org, a Microsoft desenvolveu um novo formato de documentos Office Open XML (OOXML) para o Microsoft Office 2007. Em novembro de 2005, a empresa submeteu o formato OOXML à padronização pela ECMA International, no Comitê Técnico TC45 – Office Open XML Formats. O rascunho final do padrão OOXML foi aprovado em 9 de outubro de 2006 e foi também submetido à ISO/IEC para avaliação como padrão internacional, em caráter de “via expressa” (fast track) graças à interação e acordos entre ECMA e ISO/IEC.

Porém, a especificação de 6000 páginas do padrão proprietário da Microsoft OOXML, submetida à ISO/IEC, tem sido analisada por vários especialistas e contém várias falhas e pormenores controversos que dificultam a hipótese de este ser aprovado, como explica Andy Updegrove no blog ConsortiumInfo.org.

Organizações também se manifestam contra o processo insensato de padronização fast track na ISO/IEC, ante a uma especificação extensa, complexa, duvidosa e ainda seriamente perigosa para fortalecer o monopólio de um fornecedor comercial de aplicativos de escritório.

Exemplos de falhas sérias no padrão OOXML proposto pela Microsoft através da ECMA:

OOXML não obedece o padrão ISO 8601:2004 “Representação de Datas e Tempos”, replicando um bug da Microsoft que dita que 1900 é ano bissexto, quando de fato não é. Requer também uso da função de planilha WEEKDAY() que atribui dias da semana incorretos a algumas datas e calcula incorretamente o número de dias entre certas datas.

Também não segue o ISO 639 “Códigos para Representação de Nomes e Idiomas”, atribuindo uma lista fixa de códigos numéricos de idioma, ao invés de utilizar um conjunto existente mantido por uma Autoridade de Registro para prover interoperabilidade entre outros produtos aderentes ao padrão.

A proposta de padrão OOXML faz referência a diversos formatos proprietários da Microsoft, não documentados (ou parcialmente documentados) e dependentes do sistema operacional Windows, como: Windows Metafiles, Enhanced Metafiles (EMF) — ao invés de utilizar o formato padronizado e independente de plataforma ISO/IEC 8632 “Computer Graphics Metafile” –, OLE, macros/scripts, criptografia e DRM.

Certamente só uma implementação consegue seguir a especificação proposta para o OOXML: a da Microsoft. É o jeito Microsoft de ser “aberto”, tirando vantagem da grande predominância mundial do Microsoft Office e pregando “compatibilidade retroativa” com os documentos já existentes nos formatos anteriores de arquivos de seu pacote de escritório.

Para saber mais:

Fontes para os amantes do TeX

[Atualizado em abril 2007 (CMU 0.6.3), março 2008 (CMU 0.6.3a), abril 2008 (LM 1.106), outubro 2009 (CMU 0.7.0 e LM 2.004).]

Dr. Donald E. Knuth, professor emérito da Universidade de Stanford University na “Arte de Programação de Computadores”, é um dos papas da ciência da computação, autor da célebre série de livros The Art of Computer Programming, considerada uma “bíblia da computação”.

Em 1977, desapontado com a qualidade da tipografia então existente ao ver a prova da edição atualizada do seu segundo volume da série, Knuth se interessou por tipografia digital e acabou por criar todo um sistema para composição digital de textos. Os frutos desse trabalho incluem outra série de livros denominada Computers and Typesetting, o sistema METAFONT para a definição vetorial de fontes, e o sistema de composição de documentos TeX. Até hoje, o ambiente programável LaTeX, desenvolvido desde 1985 por Leslie Lamport a partir do TeX, é largamente utilizado no meio acadêmico, sendo em muitas universidades um padrão para escrita de artigos, monografias e outros documentos técnico-científicos.

Para o sistema TeX, Knuth criou com o METAFONT uma família de fontes denominada Computer Modern, atualizada em 1992. Com alto contraste entre elementos finos e grossos, estas fontes são muito elegantes, agradáveis e legíveis, além de contemplar toda a gama de símbolos matemáticos, letras gregas etc.

Se você é um “mero mortal” que utiliza OpenOffice Writer, Word ou outro editor de documentos, mas gostaria de utilizar a gloriosa família de fontes Computer Modern, a boa notícia é que existem projetos que migraram as fontes para formatos como o OpenType, para uso geral em Windows, Linux e outros sistemas operacionais, com suporte a alfabetos internacionais latinos (caracteres acentuados) e Unicode.

Latin Modern (LM) por GUST Polônia

O GUST, Grupo de Usuários do Sistema TeX da Polônia, mantém o projeto The Latin Modern (LM) Family of Fonts.

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As fontes Latin Modern são derivadas das famosas fontes Computer Modern criadas por Donald E. Knuth e publicadas pela primeira vez pela American Matematical Society (AMS) em 1997. Uma das principais extensões foi a adição de um extensivo conjunto de caracteres diacríticos, cobrindo vários conjuntos de caracteres baseados no Latino, a maioria europeus, mas também outros como Vietnamita. Este projeto é de autoria de Bogusław “Jacko” Jackowski e Janusz M. Nowacki a.k.a. “Ulan”, apoiado em assuntos de LaTeX por Marcin Woliński.

A família Latin Modern é constituída por 72 fontes texto, publicadas com MetaType1 sources, mais 20 fontes matemáticas. As 72 fontes de texto definem 40 tipos diferentes, sendo as demais variações de corpo em um mesmo tipo. Agrupando os tipos nas variações normal, negrito e itálico (algumas não tem todas as variações) resulta em 14 fontes distintas, conforme ilustrado: 6 monoespaçadas, 5 romanas (com serifa) e 3 sem serifa.

A família é distribuída na forma de um conjunto de fontes Postscript Type1 e conjuntos de arquivos de métrica TEX para diversas codificações de caractere. As fontes também estão disponíveis no formato Open Type (OTF), prontas para uso em processadores de documentos WYSIWYG populares.

As fontes Latin Modern são lançadas sob a GUST Font License (GFL), que é licença livre, legalmente equivalente à LaTeX Project Public License (LPPL), versão 1.3c ou posterior.

Computer Modern Unicode (CMU) por Andrey V. Panov

Já o russo Andrey V. Panov criou as Computer Modern Unicode fonts, com total suporte a caracteres acentuados e alfabetos internacionais Unicode.

A versão mais recente do trabalho de Panov, lançada em junho de 2009, pode ser baixada gratuitamente no repositório de software livre SourceForge – projeto cm-unicode, em diversos formatos abertos de definição de fonte, inclusive o OpenType (OTF), suportado na plataforma Microsoft desde o Windows 2000. Veja em Fontes Computer Modern (TeX) Unicode um passo-a-passo de instalação em Windows.

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Dica: Para baixar o pacote compactado cm-unicode-*-otf.tar.gz, você precisará de um descompactador que suporte compactação GZip, como PowerArchiver e 7-Zip para Windows, ou gunzip nas plataformas Unix/Linux. Para compactação xz que passou a ser utilizada no pacote 0.7.0, utilize PowerArchiver (2011 ou superior) ou PeaZip em Windows, ou o XZ Utils em Unix/Linux.

A família CMU provê oito fontes distintas, com suas variações de normal, negrito e itálico (assim como a família LM, algumas não incluem todas as variações): duas sem serifa, quatro com serifa e duas monoespaçadas.

O catálogo de fontes do LaTeX

Uma relação extensiva de fontes disponíveis para o LaTeX pode ser encontrado com exemplos no The LaTeX Font Catalogue, no Grupo de Usuários TeX da Dinamarca. O principal repositório dos arquivos de fontes é o Comprehensive TEX Archive Network (CTAN) tex-archive/fonts.

Várias das fontes estão disponíveis em formato OpenType, que pode ser instalado para uso geral no Windows.

Referências

Para saber mais (maioria dos links em inglês):