Commons FileUpload 1.2

Foi lançada dia 13 de fevereiro nova versão 1.2 do pacote Java para web Commons FileUpload. Este componente provê tratamento de upload (envio) de arquivos para servlets e aplicações web, de forma fácil, robusta e com alto desempenho.

FileUpload interpreta requisições HTTP em conformidade com a especificação RFC 1867 (Errata, RFC 2854), “Form-based File Upload in HTML”. Ou seja, processa uma requisição HTTP submetida usando o método POST e com conteúdo do tipo multipart/form-data, identificando os campos de conteúdo (texto) e aqueles de envio de arquivo em formulários, e oferecendo recursos específicos para manipulação dos arquivos enviados.

A nova versão traz as seguintes novidades, em comparação com a versão anterior 1.1.1:

  • uma API de fluxo (streaming) foi adicionada, permitindo tratar o envio de arquivos grandes de qualquer tamanho sem a necessidade de usar arquivos intermediários/temporários, enquanto mantém baixa utilização de memória;
  • a presença de um cabeçalho content-length não é mais obrigatória;
  • adiciona suporte a ouvintes (listeners) de progresso;
  • adiciona suporte a linhas de continuidade de cabeçalho;
  • permite limitar o tamanho efetivo do arquivo, ao invés do tamanho da requisição.

O componente Commons FileUpload é software livre e está disponível para baixar em: http://jakarta.apache.org/site/downloads/downloads_commons-fileupload.cgi

Falta criatividade?

Coincidências neste mundo existem, mas algumas simplesmente não são. Vejam estas duas logomarcas, dos portais de comunicação Uai, do jornal Estado de Minas, e CorreioWeb, do jornal Correio Brasiliense:

Uai - Estado de Minas               CorreioWeb - Correio Brasiliense

Tudo bem que ambos são de empresas que fazem parte do grupo Associados Pernambuco (antigo Diários Associados), obra de Assis Chateaubriand (“Chatô”), mas será que a criatividade está em falta, justo nos meios de comunicação?

Cisco na segurança

Nenhuma empresa ou produto de tecnologia está imune às falhas de segurança. Hardware e software são projetados e utilizados por humanos, e humanos são imperfeitos e subjetivos. Além disso, as máquinas e seus recursos são complexos e suas interações — possibilidades e efeitos — com o mundo são complicadas e, às vezes, imprevisíveis. É por isso que sempre vemos vulnerabilidades de segurança sendo encontrados todos os dias em produtos de tecnologia.

Recentemente, a Cisco, gigante do mercado de redes de computadores e fabricante dos mais populares equipamentos de roteamento do mundo, admitiu a existência de algumas vulnerabilidades no Internetwork Operating System (IOS), sistema operacional que controla seus roteadores. A empresa de rastreamento de vulnerabilidades Secunia classifica as falhas como moderadamente críticas. Já existem correções.

Os navegadores web Mozilla Firefox e Internet Explorer 7 também estão às voltas com a correção de uma vulnerabilidade descoberta há poucos dias em ambos pelo pesquisador de segurança Michal Zalewski. No caso do Mozilla, a comunidade de desenvolvedores já publicou uma correção para o bug, que deve estar publicamente disponível como uma atualização de segurança nos próximos dias. Espera-se também breve correção por parte da Microsoft.

Para saber mais (todos em inglês):

10 truques obscuros do Word

Encontrei no portal de tecnologia TechRepublic o documento 10 obscure Word tricks that can expedite common chores, disponível para download como PDF, que lista 10 truques “obscuros” do Microsoft Word que podem ser muito úteis. Veja alguns a seguir:

  1. Mover linhas/parágrafos para cima ou para baixo
    Com o cursor posicionado em uma linha de uma tabela, mantenha pressionadas as teclas [Shift] + [Alt] e utilize as setas para cima e para baixo para mover a linha inteira da tabela, acima ou abaixo. Fora de tabelas, o mesmo recurso serve para mover parágrafos acima e abaixo no texto.
  2. Retornar aos últimos pontos de edição
    Utilize a combinação de teclas [Shift] + [F5] para retornar a até quatro últimos pontos de edição no texto. Isto é especialmente útil quando você está trabalhando com vários trechos de um documento grande. Funciona também quando você acaba de reabrir um documento editado recentemente: o Word posiciona inicialmente o cursor no início do texto, mas com [Shift] + [F5] você retorna ao ponto onde estava editando antes.
  3. Salvar/fechar todos os documentos abertos de uma vez
    Se você tem vários documentos abertos e quer salvar todos de uma vez, ou fechar todos de uma vez, mantenha pressionada a tecla [Shift] e então abra o menu Arquivo. As opções Salvar e Fechar terão se tornado “Salvar tudo” e “Fechar tudo”, respectivamente.
  4. Selecionar um bloco vertical
    Normalmente, a seleção do Word se estende pelo fluxo horizontal do texto. Podem existir situações, porém, onde você precisa selecionar um bloco arbitrário de texto na vertical (veja exemplo no PDF em TechRepublic). Para isso, posicione o cursor na coluna inicial desejada, mantenha pressionada a tecla [Alt] e então arraste o mouse (ou use as setas) para selecionar o bloco vertical desejado.
  5. Calculadora
    Existem comandos do Word que, por padrão, não estão nos menus e barras de ferramentas, mas podem ser adicionados. Um deles é a Ferramenta Calcular, que efetua o cálculo de uma série de números selecionados no texto. Se não houver operadores matemáticos (+ – * / etc.) entre os números, o Word assume soma. O resultado do cálculo aparece na barra de estado e também fica armazenado na área de transferência. Para deixar este recurso à mão, escolha o menu Ferramentas » Personalizar, aba “Comandos”, categoria “Todos os comandos”, localize o comando “FerramCalcular” e então arraste-o para uma barra de ferramentas ou menu.
  6. Copiar formatação pelo teclado
    A ferramenta “Pincel” do Word pode ser usada para copiar a formatação de um texto e aplicá-la a outro(s) trecho(s). As combinações de teclas de atalho para isso são: [Ctrl] + [Shift] + [C] para copiar a formatação desejada, e [Ctrl] + [Shift] + [V] para colar a formatação em um novo texto selecionado. Estes atalhos são fáceis de lembrar, pois são os mesmos de Copiar e Colar conteúdo acrescidos de [Shift].
  7. Duplicar texto/objetos com o mouse
    Selecione um trecho de texto ou um objeto/desenho no Word, mantenha pressionada a tecla [Ctrl] e arraste a seleção para criar uma cópia, ao invés de mover.

Para ver as demais dicas e ilustrações, acesse o documento em TechRepublic. Está disponível lá também um documento com 10 truques obscuros do Excel.

Microsoft reclama do combate ao Office Open XML

No último dia 14 de fevereiro, a Microsoft publicou uma carta aberta reclamando da campanha global — liderada pela IBM, segundo a Microsoft — contra a ratificação do padrão ECMA-376 Office Open XML (OOXML) pelo ISO/IEC JTC1. Para quem ainda não ouviu falar do OOXML, sugiro ler meu artigo de 22 de janeiro.

Segundo a Microsoft, ela ouviu seus clientes que querem escolha, interoperabilidade e inovação. Assim, a empresa definiu o novo conjunto de formatos Office Open XML para refletir o rico conjunto de recursos do Office 2007 e ter compatibilidade retroativa com os bilhões de documentos existentes do Microsoft Office. Submeteu o OOXML à aprovação como padrão aberto pela Ecma International (aprovado em 7 de dezembro de 2006), agora levado à ratificação pela ISO/IEC, por interesse de seus clientes — especialmente clientes governamentais — que preferem cada vez mais padrões abertos.

No fundo, é uma briga de interesse comercial da Microsoft para defender a longevidade e aceitação das vendas de um dos produtos de software mais populares e rentáveis do mundo: seu Microsoft Office. Fica claro que o objetivo da padronização dos formatos do Office 2007 não é torná-los realmente abertos e populares, já que dificilmente algum outro fornecedor conseguirá seguir toda a complexidade do padrão OOXML com 6000 páginas e cheio de amarrações ao Windows e ao próprio MS Office. O objetivo é responder às demandas do mercado dizendo “sim, meu produto é baseado em um padrão aberto internacional”.

Enquanto isso, a equipe de desenvolvimento da Sun para o StarOffice e OpenOffice.org anunciou, no início de fevereiro, o StarOffice 8 Conversion, um plug-in para Microsoft Word que permite que usuários do Microsoft Word 2003 leiam, editem e salvem documentos no formato padrão OpenDocument Format (ODF). A versão preliminar Technology Preview do plug-in já pode ser baixada.

Para saber mais:

Mercado de capitais na Bolsa a caminho de 1º mundo

Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, o mercado de capitais no Brasil se tornou a principal fonte de financiamento de recursos de longo prazo das empresas, superando, pelo segundo ano consecutivo, os empréstimos governamentais do BNDES. Isso significa que “as empresas brasileiras estão aprendendo a ficar menos dependentes do Estado”, afirma o presidente da Bovespa (Bolsa de Valores São Paulo), Raymundo Magliano.

Em 2006, o valor total das captações no mercado somou R$ 109,54 bilhões, mais do que o dobro dos R$ 52,3 bilhões financiados pelo BNDES. Em 2005, o mercado captou R$ 61 bilhões, quase um terço mais que os R$ 47,1 bilhões que o BNDES emprestou naquele ano.

Os números mostram ainda que o valor das empresas negociadas em Bolsa atingiu em 2006 R$ 1,5 trilhão, equivalente a 74% do PIB, recorde histórico no país. Em 1998, o mercado representava 22% do PIB, e, em 2002, era 33%. Um crescimento impressionante, verdadeira revolução invisível na economia brasileira. Nos principais mercados mundiais, esta proporção fica entre 120% e 150% do PIB.

As vantagens de o empresário buscar o mercado de capitais são inúmeras para ele e para o país. Além de diminuir a dependência do Estado, isso promove a formalidade das empresas, critério indispensável para que tenham acesso à Bolsa. “As empresas começam a concluir que é melhor serem formais para terem acesso aos recursos do mercado de capitais”, afirma Magliano.

Para o investidor, o mercado de ações cada vez mais se apresenta como uma fonte real de crescimento do seu dinheiro, muito mais que em fundos conservadores de renda fixa ou CDI, que basicamente significam emprestar dinheiro ao governo e aos bancos. Investir em ações ou fundo de ações, porém, é sempre sujeito a forte oscilação e merece cuidado e orientação, sendo recomendado para investimentos de longo prazo (um ano ou mais).

Fonte: Folha de S. Paulo – Dinheiro, Empresas na Bolsa já são 74% do PIB, por Guilherme Barros, colunista da Folha, 18 de fevereiro de 2007.

Para saber mais:

Carnaval de atualizações de segurança no Windows

2007 mal começou, o carnaval nem tinha chegado, e as correções de vulnerabilidades no Windows e outros produtos Microsoft já “desfilavam em blocos na passarela” das atualizações de segurança.

Em janeiro de 2007, foram lançadas três atualizações classificadas como críticas e uma, específica para o Brasil, como importante. Todas corrigem vulnerabilidades que poderiam permitir a execução de código remoto:

Em fevereiro, seis atualizações críticas e mais seis importantes. Das seis críticas, cinco são para componentes específicos do Windows e Office e uma é Atualização Cumulativa de Segurança do Internet Explorer; todas corrigem vulnerabilidades que permitiam a execução de código remoto:

As seis importantes também corrigem vulnerabilidades, duas que poderiam causar elevação de privilégio indevida — MS07-006 (KB928255) e MS07-007 (927802) — e quatro que poderiam permitir execução de código remoto mediante interação do usuário — MS07-005 (KB923723), MS07-011 (KB926436), MS07-012 (KB924667) e MS07-013 (KB918118).

Como sempre, quem tem Windows com a Atualização Automática ativada recebeu prontamente estas correções de vulnerabilidades de segurança.

Chega então o Carnaval, onde devem ser aplicadas por todos as devidas “regras de segurança”: use camisinha e maneire nas bebidas alcoólicas. Bom Carnaval!

Para saber mais:

Milhas aéreas encurtando

A empresa aérea United Airlines divulgou recentemente que, a partir de 31 de dezembro de 2007, seu programa de milhagem — United Mileage Plus — encurtará o prazo de expiração de milhas acumuladas, de 36 para 18 meses de inatividade.

Segundo a empresa, no FAQ da United Brasil, “essa mudança torna o programa Mileage Plus melhor para os clientes que são mais leais à United e também reduz custos operacionais”.

O tempo de vacas magras nos programas de milhagem tem atingido outras empresas aéreas. Em 31 de janeiro deste ano, a US Airways também encurtou o período máximo de inatividade de milhas para 18 meses. Diferente da United, porém, a US Airways permite a reativação de milhas expiradas, mediante pagamento (taxa de processamento de USD$50, mais um centavo de dólar por milha).

Segundo o FAQ da United Brasil, Delta Airlines também fez mudança similar em sua política de milhagem recentemente. Mas, até onde pude conferir, o Guia do Associado e Regras do Programa SkyMiles (PDF, em inglês) informa que para não expirar milhas na Delta, deve-se ter alguma atividade no prazo de dois anos.

No Brasil, a validade dos pontos do programa Fidelidade TAM é de dois anos. Diferente das empresas americanas, onde as milhas são creditadas numa “conta” e o que interessa para a validade das milhas é o tempo de inatividade da conta, no programa da TAM os pontos relativos a cada viagem/crédito tem sua validade individual de acordo com a data da realização/crédito, expirando automaticamente após o prazo.

Para saber mais:

BPM para leigos

[Atualizado em 2007-12-02.]

O recente artigo de Marco Aurélio Mendes, BPM — Business Process Management — para Leigos, postado em seu blog de 29 de janeiro, é excelente. Objetivo, claro e direto, o texto não só explica BPM (Gerenciamento de Processos de Negócio), mas contextualiza a aplicação de tecnologia da informação (TI) à luz dos processos de negócio.

A definição de [Jeston & Nelis, 2006], extraída do artigo O que é o que é (2007-09-03) do consultor Gart Capote, no blog Mundo BPM, diz:

BPM é a realização dos objetivos de uma organização através da melhoria, do gerenciamento e controle dos seus processos de negócio essenciais.

Para mim, BPM é uma reencarnação atualizada do bom e velho conceito de O&M — Organização e Métodos. A atual popularização e expansão dos conceitos e do uso de BPM em TI é o reflexo da grande onda do setor tecnológico em todo mundo: o alinhamento estratégico da área de tecnologia com a gestão estratégica de uma instituição ou negócio.

Creio que o grande diferencial, e ao mesmo tempo grande desafio, dos CTO‘s e analistas de TI é: aproveitar sua visão sistematizada dos cenários, das atividades e das informações e não apenas prover tecnologia, mas melhorar processos de negócio. Isso porque, como bem colocou Marco, “a TI não tem fim em si mesma”. E complemento: TI sozinha não realiza nada nem integra nada.

Modernização competitiva em qualquer negócio requer três pilares fundamentais e indissociáveis entre si: pessoas, processos/métodos e tecnologia.

Parabéns pelo artigo, Marco Aurélio! Continue assim.

Para saber mais:

BPM

Pessoas e Processos

Notação de Modelagem – BPMN

Linguagem de Execução – BPEL

Jakarta Commons e VelocityTools

Hoje há três anúncios de projetos atualizados da Fundação Apache: dois componentes do utilíssimo projeto Jakarta Commons; e o VelocityTools, subprojeto de Apache Velocity. Eis a seguir.

Commons IO 1.3.1: corrige 2 bugs importantes na classe FileUtils, identificados desde que a versão 1.3 saiu há duas semanas, em 31 de janeiro: uma potencial exceção NullPointerException no método openOutputStream(File) quando não há pasta pai no caminho (path); e o método readFileToString(File) não era estático como deveria. Note que alterar a assinatura de método tornando-o estático, a versão 1.3.1 tecnicamente não mantém compatibilidade binária com a versão 1.3 anterior, embora a compatiblidade semântica permaneça total.

Commons Lang 2.3: a atualização deste pacote de classes utilitárias relacionadas ao pacote padrão java.lang traz diversas melhorias e correções de bugs, desde a versão 2.2 de 04/10/2006. Usuários das classes StrBuilder e DurationFormatUtils, especialmente, devem precisar da atualização, pois os bugs corrigidos nestas classes produziam resultados incorretos.

VelocityTools 1.3: nova versão das ferramentas de integração do mecanismo de templates Velocity em aplicações, web ou não, traz diversas melhorias e correções de bugs.

Para saber mais: