Do Firefox para Chrome

Logomarca do Google Chrome Cansado da eterna lentidão do Firefox ao iniciar, com a qual eu vinha convivendo há muito tempo, eu já tinha instalado e usava eventualmente o Google Chrome toda vez que eu estava com pressa (ou seja, com frequência).

Com o tempo, me familiarizei e gostei do Chrome, que inicializa rápido, instala e desinstala extensões sem precisar reiniciar o navegador, e é perfeitamente compatível com quase todos os sites. Além disso, o Chrome já vem com muitas ferramentas nativas poderosas voltadas para o desenvolvedor web.

Ideologicamente, o Mozilla Firefox é um software livre, enquanto o Google Chrome é um software proprietário gratuito mantido e distribuído pela empresa Google, embora baseado no projeto de software livre Chromium. Deixando ideologias de lado, desisti da lentidão do Firefox e agora tornei o Chrome meu navegador padrão.

Nem tudo é perfeito

O Chrome ainda tem sutis detalhes que me incomodam. Por exemplo, eu gostava da comodidade que consegui, por meio da extensão do Firefox Tab Mix Plus, de poder abrir páginas de favoritos ou histórico sempre em uma nova aba, clicando normalmente com o botão principal do mouse. No Chrome, para abrir em nova aba, só com o mecanismo padrão que é pressionar a tecla Ctrl ao clicar com o botão principal, ou utilizar o botão do meio no mouse (se houver). Não encontrei nenhuma extensão que permitisse o comportamento alternativo que eu desejava.

A impressão de página, embora ofereça a bem-vinda opção nativa de salvar em PDF, só recentemente passou a permitir imprimir plano de fundo (cores e imagens do background), configurar margens e inclusão de cabeçalho e rodapé. Mas ainda não permite configurar zoom nem as informações em cada parte do cabeçalho e rodapé. E para imprimir apenas um intervalo de páginas ou seleção, só pela caixa de diálogo imprimir do sistema, sem passar pelo Print Preview.

Além disso, ainda existem uns poucos sites que não funcionam perfeitamente no Chrome. Eu sei que em geral a culpa é de uso recursos errados ou fora do padrão HTML, CSS ou JavaScript do próprio site, mas ainda assim é um transtorno. No fundo, ainda existem também raros sites (em geral em ASP ou ASPX) que não funcionam bem nem no Chrome e nem no Firefox, só no Internet Explorer. Acho que é por coisas como essa que existem os que praguejam contra a Microsoft…

Espero que versões futuras do Chrome melhorem as deficiências remanescentes que apontei aqui.

Extensões

Navegador mudado, o próximo passo foi personalizá-lo com extensões. Como resultado disso, fiz uma profunda atualização na página que mantenho sobre extensões de navegador, antes uma lista só para Firefox, agora se tornou uma tabela com opções para Firefox e para Chrome.

Muitas extensões que eu indico estão disponíveis tanto para Firefox quanto para Chrome. Em outros casos, existem extensões distintas mas com funcionalidade e recursos equivalentes ou similares. Mas existem as que não encontrei até o momento correspondente no outro navegador.

Histórico de uso de navegadores web por StatCounter

Enfim

Com navegador e extensões, eu agora aumento a estatística de uso que já tornou o Google Chrome o navegador mais usado no mundo. Mas o Firefox continua instalado, agora como meu navegador secundário.

Mais extensões para segurança e privacidade

Abordo neste artigo duas extensões de navegador web que descobri recentemente para auxiliar na sua segurança e privacidade enquanto navega na internet.

Eu já havia abordado o WOT e o McAfee Site Advisor no artigo Quem avisa amigo é – Classificação de sites. Também mantenho a seção de Segurança, Privacidade e Controle no artigo “Extensões para Firefox e Chrome”.

Ghostery

O Ghostery é um serviço que detecta mais de 1.400 códigos ocultos de rastreamento embutidos em páginas web, permitindo bloquear e controlar códigos relacionados a redes de propaganda, provedores de dados comportamentais, publicadores web e outras empresas interessadas em sua atividade na internet.

Com plug-in disponível para os principais navegadores — Firefox, Safari, Chrome, Opera, Internet Explorer e até o browser do iOS de dispositivos móveis da Apple (iPhone, iPad) — o Ghostery permite a você escolher quais rastreadores bloquear nas categorias Advertising (700+ trackers), Analytics (260+ trackers), Beacons (quase 300 trackers), Privacy (16 trackers) e Widgets (+170 trackers).

Eu não utilizo apenas a última categoria, de Widgets, pois em geral são rastreadores que inserem componentes visíveis e interativos nas páginas. Os mais comuns são links de compartilhar, indicar ou comentar conteúdo de uma página em redes sociais como Facebook, Google +1, LinkedIn etc. Suprimir estes rastreadores elimina tal funcionalidade e pode em alguns casos comprometer a diagramação (layout) de algumas páginas.

Os rastreadores bloqueados aumentam sua privacidade e, como eliminam o acesso aos respectivos sites, acabam tornando a navegação um pouco mais rápida também.

Webutation

O Webutation é um serviço baseado em uma comunidade aberta de Reputação de Websites, que coleta feedback e experiência de clientes sobre websites e testa websites contra spyware (código malicioso/espião), spam (propaganda e outros conteúdos indesejados) e scams (fraudes) em tempo real, consultando para isso simultanemanete estas principais bases de informação:

  • Google Safebrowsing (badware e phising fraud, atualizado a cada meia hora);
  • Website Antivirus (vasrre contra adware (popups), spyware (outgoing links) e vírus);
  • WOT – Web Of Trust (classificação e reviews da comunidade sobre confiabilidade de websites);
  • Norton Safe Web.

Como resultado, é mantido um ranking de 0 a 100 da reputação de cada site avaliado. O serviço pode ser consultado isoladamente pelo site Webutation, mas existe um plug-in para classificação em tempo real para Mozilla Firefox e Google Chrome.

Para utilizar sua conta (totalmente gratuita) no serviço e poder você também enviar análises de site (classificação de 1 a 5 estrelas e comentário), basta utilizar o login de uma conta sua no Facebook.

A consulta do ranking é super rápida (praticamente instantânea) e o ganho de segurança ao navegar com certeza compensa.

Finalmente, lei que tipifica crime informático de invasão

A tipificação específica de crimes cibernéticos no Código Penal brasileiro vem sendo debatida e proposta há mais de dez anos, sempre com polêmica e, até então, sem resultar em lei. No passado, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi relator de projeto de lei que tipificava vários crimes cibernéticos e ficou conhecido como “Lei Azeredo”. Eu ja havia abordado o assunto aqui no blog em 2007.

Mas como tudo no Brasil só gira em torno de celebridades e manchetes, o tema só decolou após o roubo de 36 fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, que foram parar na internet. A polícia identificou quatro suspeitos de terem roubado as fotos do computador da atriz. Como ainda não há definição no Código Penal de crimes cibernéticos, os envolvidos foram indiciados por crimes convencionais como furto, extorsão e difamação.

Agora, a proposta apresentada em 2011 pelos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Manuela D’Ávila (PC do B-RS), João Arruda (PMDB-PR), além do suplente Emiliano José (PT-BA) e do atual ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ), com o objetivo de substituir o projeto de Azeredo, foi aprovada e sancionada sem vetos pela Presidente Dilma Rousseff em 30 de novembro, como a Lei nº 12.737, publicada no D.O.U. de 03/12/2012 e conhecida como Lei “Carolina Dieckmann”.

A nova lei acrescenta artigos ao Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), tipificando como crime: Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.”

Pelo parágrafo primeiro, “na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta definida no caput.”

Outro artigo acrescido define, porém, que só se procede com ação penal nesse tipo de crime mediante representação do ofendido, salvo se o crime for cometido contra a administração pública, qualquer dos Poderes da República e empresas concessionárias de serviços públicos. Ou seja, se o ofendido (particular) não denunciar o crime, nada acontece.

A lei define também condições de agravamento dos crimes, e faz outras duas tipificações criminais. Primeiro, inclui no Art. 266 do Código Penal (Interrupção ou perturbação de serviço telegráfico ou telefônico, informático, telemático ou de informação de utilidade pública) quem “interrompe serviço telemático ou de informação de utilidade pública, ou impede ou dificulta-lhe o restabelecimento”.

E, no Art. 298 do Código Penal (Falsificação de documento particular), tipifica a falsificação de cartão, acrescentando parágrafo que define “Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou débito.”

Em matéria no portal de notícias G1 da Globo.com, advogados especializados em crimes digitais ressaltam um ponto importante da nova lei. Como deve haver “violação de mecanismo de segurança”, invadir um computador sem antivírus nem firewall ativos, ou uma rede sem fio aberta sem ao menos uma senha definida, pode não caracterizar violação. Ou seja, se seu computador/tablet/smartfone/etc. é uma porta aberta sem nenhuma segurança ou proteção, nem essa lei dará amparo. Por isso, como sempre digo, proteja-se!

Para saber mais:

Adobe Reader no Chrome

O Google Chrome é um navegador rápido e eficiente, cada vez mais completo e , segundo StatCounter, mês passado se tornou o navegador mais utilizado no mundo.

Porém, pelo menos um recurso dele me incomodava: o visualizador nativo de PDF. Ele não é tão robusto e compatível como o Adobe Reader, algumas vezes a visualização falhava, e em geral eu não conseguia salvar uma cópia do arquivo localmente.

Mas acabo de descobrir que é possível desativar o visualizador nativo de PDF do Chrome e, com isso, ele passa a utilizar o plugin do Adobe Reader que estiver instalado no computador. São dois passos simples:

  1. Digite about:plugins na barra de endereço do Google Chrome, e tecle Enter.
  2. Selecione Desativar embaixo da entrada “Chrome PDF Viewer”.

Pronto.

Agora, quero aprender como configurar o Chrome para abrir novas abas automaticamente (sem ter que pressionar Ctrl) em determinadas situações, por exemplo ao abrir um Favorito e ao fazer uma nova pesquisa no Google, similar ao que a extensão Tab Mix Plus permite no Firefox. Alguém sabe?

Anatomia de mais uma fraude: Santander

Veja a mensagem de e-mail spam que tenta “pescar” usuários otários para a fraude de formulário, caso ele clique no link contido na mensagem.

[photopress:fraude_santander_spam.png,full,centered]

Indícios típicos de fraude: Além dos mesmos indícios que apontei no artigo de ontem — impessoalidade (não cita o nome do cliente), tema suspeito (atualização ou recadastramento de segurança feito pela internet), link destino suspeito (não aponta para o site principal do banco) — vou comentar uma prática de segurança que tem sido adodata pelos bancos. Como um link em uma mesagem de spam — como este — tem sido o gatilho mais comum para levar a fraudes, os bancos que enviam e-mails legítimos ao cliente tem evitado incluir links na mensagem. Às vezes informam o endereço que deve ser acessado, mas instruem o próprio usuário a digitar o endereço no navegador. Eliminam a praticidade do link em prol da segurança.

O endereço contido no link fraudulento da mensagem de e-mail — clcmaquinaria.es — não tem absolutamente nada a ver com a instituição bancária usada como tema da fraude. Este endereço apenas leva a um redirecionamento para outro endereço, onde a fraude está efetivamente hospedada.


Nota técnica: Eis o trecho de resposta HTTP de redirecionamento (código 302) para o endereço onde a fraude está hospedada.

GET /datos/folletos/Atualizacao-Unificacao.php?ID=6235 HTTP/1.1
Host: www.clcmaquinaria.es

HTTP/1.1 302 OK
Location: http://www.aparecida.go.gov.br/site/Uploads/Galeria/595/InternetBanking/
Server: Microsoft-IIS/6.0
X-Powered-By: PHP/4.4.7, PleskWin, ASP.NET

Observe o endereço: Para hospedar a fraude, invadiram o portal da Prefeitura Municipal de Aparecida, em Goiás — www.aparecida.go.gov.br.

Dados confidenciais solicitados na primeira tela: Agência, conta e senha de internet.

[photopress:fraude_santander_web.png,full,centered]

A fraude se dá ao luxo de validações em JavaScript, para evitar que o usuário forneça informações inválidas ou incorretas ao fraudador. Na primeira tela, verifica se a senha de internet e sua confirmação digitadas são iguais, conforme mensagem de erro a seguir.

[photopress:fraude_santander_web_valida.png,full,centered]

Dados confidenciais solicitados na segunda página: CPF, RG (identidade), nome do pai, senha de Disk Real, assinatura eletrônica.

[photopress:fraude_santander_web_02.png,full,centered]

Novamente, a página inclui diversas validações dos dados fornecidos, conforme duas ilustrações a seguir.

[photopress:fraude_santander_web_02_valida.png,full,centered][photopress:fraude_santander_web_02_valida2.png,full,centered]

Na última tela da fraude, solicita todos os códigos do cartão e o número de série deste.

[photopress:fraude_santander_web_03.png,full,centered]

Indício claro de fraude: Os bancos possuem o número de série de todos os códigos dos cartões de segurança enviados aos clientes. O banco sempre solicita apenas o código de uma posição por vez (em uma tela ou transação bancária), para confirmar que o cliente possui o cartão e conhece o código na posição solicitada. Se uma página solicitar todos os códigos do cartão de segurança assim, é fraude!

Impressoras PDF: problemas com Firefox 4 e Ghostscript 64 bits

Enquanto eu atualizava as versões de software no artigo PDF Livre com (ou sem) o Ghostscript (revisão 21), descobri dois problemas de compatibilidade.

Por sorte, ambos são contornáveis, conforme explico a seguir.

Aceleração por hardware no Firefox 4

Um comentário sobre o anúncio do PDFCreator 1.2.1, no Blog da PDFForge, explica um problema na aceleração por hardware do navegador web Mozilla Firefox 4 que afeta as impressoras virtuais PDF.

Sintomas facilmente perceptíveis são que o arquivo PDF gerado fica bem maior e o texto não fica editável.

De fato, este problema está confirmado no site de suporte do Mozilla Firefox. Eu também o constatei, no Firefox 4.0.1 com as impressoras virtuais PDF (doPDF, PDFCreator, FreePDF etc.).

Para solucionar o problema, desative a aceleração por hardware no Firefox 4, que vem ativada por padrão:

  1. Menu Firefox > Opções.
  2. Painel “Avançado”.
  3. Aba “Geral”.
  4. No grupo “Navegação”, desmarque a opção “Quando disponível, usar aceleração por hardware”.
  5. Dê “OK”.
  6. Reinicie o Firefox.

Este problema foi documentado em um novo tópico 4.1 do artigo.

Detecção do Ghostscript 64 bits no FreePDF

Esta revisão 21 do artigo também foi atualizada com um novo tópico 3.1 sobre a detecção e configuração do executável coreto do Ghostscript 64 bits no FreePDF.

Em meu computador com apenas o Ghostscript 9.02 64-bits instalado, o FreePDF detectou incorretamente a DLL C:\Program Files\gs\gs9.02\bin\gsdll64c.dll, ao invés do executável C:\Program Files\gs\gs9.02\bin\gswin64c.exe. Tive que configurar manualmente o executável correto, nas opções do programa.

Para verificar e corrigir o caminho do Ghostscript, siga os seguintes passos:

  1. Execute o programa FreePDF, pelo menu iniciar do Windows.
  2. Escolha o menu Editar & Opções.
  3. Escolha a opção (em forma de link) “Run Admin Config”.
  4. Em “Localização das pastas”, verifique o que está preenchido em “Caminho do Ghostscript”.
  5. Para Ghostscript 64 bits versão 9.02, o caminho do executável correto deve ser
    C:\Program Files\gs\gs9.02\bin\gswin64c.exe. Para o Ghostscript
    32 bits, o executável deve ser gswin32c.exe.
  6. Acione o botão “Salvar” e, em seguida, feche a janela de opções e o programa.

Este problema de detecção não ocorreu com o Ghostscript 32 bits, com o qual o FreePDF detecta corretamente o executável gswin32c.exe.

Por fim, a revisão do artigo contempla o lançamento do Ghostscript 9.02, doPDF 7.2.367 e PDFCreator 1.2.1, atualizando os links de download do Ghostscript e numeração, datas de lançamento e tamanhos das novas versões de impressora PDF.

Universo de desenvolvimento Google

Recentemente recebi divulgação do novo ambiente de desenvolvimento MyEclipse G, uma lançamento da Genuitec (produtora do MyEclipse) e Skyway Software que reúne ferramentas de desenvolvimento essenciais para as plataformas, frameworks e serviços de aplicações da Google.

MyEclipse G - Recursos

Fonte: MyEclipse G.

Observando a descrição do produto, pude refletir sobre a imensidão da abrangência de tecnologias que o Google tem disponibilizado, em pelo menos três grandes frentes:

  • Desenvolvimento de aplicações web: Frameworks como o Google Web Toolkit (GWT) (a home-page em português parece desatualizada, falando do GWT 1.7, enquanto a em inglês já destaca o GWT 2.3 mais recente) e Google Guice. O projeto GWT, além de ampla documentação, oferece para download: GWT SDK, com as bibliotecas essenciais e compilador que você precisa para escrever aplicações web; o Google Plugin for Eclipse que inclui no IDE Eclipse suporte para projetos GWT e GAE, além de uma versão simplificada do GWT Designer; Speed Tracer, uma extensão para o navegador Google Chrome que permite pontuar problemas de desempenho em aplicações web; e o GWT Designer standalone (full), um ambiente de desenho de Java GUI poderoso e bidirecional para criação visual de interfaces de usuário, assisência de layout e geração automática de código GWT.
     
  • Infraestrutura para execução de aplicações web: Google App Engine (GAE) permite que você execute seus aplicativos da web na infraestrutura do Google.
     
  • Plataforma para dispositivos móveis: Android: camada de software para celulares e tablets que inclui um sistema operacional, middleware e aplicações. O Android SDK, disponível no portal Android Developers, provê ferramentas e APIs necessárias para se iniciar o desenvolvimento de aplicações para a plataforma Android usando a linguagem de programação Java. Há também o Android Development Tools (ADT) Plugin for Eclipse IDE. As muitas milhares de aplicações disponíveis para Android, boa parte delas gratuitas, ficam disponíveis no Android Market (assim como o iPhone tem o Apple Store).

Isso fora o navegador web Google Chrome (dica: para obter o instaldor offline standalone, acrescente o parâmetro &standalone=1 na página de download) e o sistema operacional Google Chrome OS, baseado no sistema operacional Linux e totalmente voltado para Internet (Já ouviu falar no Chromebook?). Ambos são desenvolvidos através do projeto de software livre Chromium.

Todas as ferramentas oferecem ampla documentação. O Google ainda aproveita seus canais de mídia para divulgar informação, como os blogs no Blogger — GWT blog, GAE blog, Google Mobile blog, Official Google Blog, blog oficial Google Brasil — e o canal Google Developers de vídeos no Youtube. E ainda realiza o grande evento anual Google I/O.

Mesmo com a Microsoft tendo comprando a Skype em seu maior acordo de aquisição, por US$ 8,5 bi em maio último, estou achando que agora é a vez da Google “dominar o mundo” do software na era da Internet.

Informação sobre segurança digital

Já falei aqui no blog dezeneas de vezes que as ameaças e a preocupação com segurança digital na internet são tão importantes quanto quando se vive em qualquer grande cidade do Brasil ou do mundo — e em maior escala. A internet apresenta riscos para inocentes, ingênuos e desinformados: tanto crianças quanto adultos despreparados.

Na internet, como na vida, existem perigos: boatos, trotes, mentiras, engodos, fraudes, ataques, crimes.

Mas não é por isso que devemos deixar de lado todo o potencial de benefícios do mundo de informações e serviços que a internet também nos propicia na comodidade do computador.

A chave de tudo é informação sobre segurança digital. E, felizmente, isso também é o que não falta, livremente disponível na própria internet, inclusive em bom português.

A maior parte desses recursos tem linguagem acessível a qualquer pessoa, em geral na forma de cartilhas didáticas. Outros são relatórios e informativos mais técnicos, como pesquisas sobre segurança que servem para pautar as diretrizes e ações de profissionais e equipes de tecnologia. Faço aqui uma coletânea de algumas das principais fontes de informação disponíveis.

Cartilhas

Relatórios e Pesquisas

Para saber mais:

Pronto. Agora você não tem desculpa que tem medo da internet por falta de informação. Boas leituras!

Ajax e RIA – Radar do mercado

O instituto Gartner atualizou recentemente seu relatório “MarketScope for Ajax Technologies and RIA Platforms”. Aproveito para apresentar o resumo dessas tendências e alguns diagramas explicativos e estatísticas sobre Ajax e RIA.

Introdução

A técnica de interação e troca de dados assíncrona entre o cliente e o servidor web, identificada pelo acrônimo Ajax — Asynchronous Javascript And XML –, termo introduzido pela Adaptive Path em 2005, se populariza cada vez mais nas aplicações web e tem contribuído significativamente para melhorar a interatividade e experiência do usuário, oferecendo respostas imediatas à interação do usuário.

Vão se multiplicando as alternativas de bibliotecas e frameworks para desenvolvimento de aplicações web com suporte a Ajax, visando tornar o uso da técnica mais fácil, organizado e produtivo na construção de aplicações, de forma cada vez mais transparente, integrada e sistematizada.

Também têm se popularizado o uso de plataformas tecnológicas para web visando RIA — Rich Internet Applications –, termo introduzido pela Macromedia (Adobe) em 2002, que significa uma interface com usuário web mais rica — em componentes e comportamentos — e responsiva (resposta imediata, sensível ao contexto), similar a aplicações desktop.

As plataformas RIA podem ter como base um runtime específico, incorporado ao navegador web cliente através de plug-ins, ou se beneficiar do avanço da sofisticação das técnicas e componentes nativos baseados em Ajax.

O diagrama de blocos a seguir correlaciona esquematicamente RIA, Ajax e DHTML.

[photopress:RIA_AJAX_DHTML.png,full,centered]
Créditos: Márcio d’Ávila, 2008-2011.

RIA

Enquanto as aplicações gráficas Cliente/Servidor trouxeram riqueza à experiência de usuário que não havia no ambiente mainframe, plataformas RIA fazem o mesmo em relação às aplicações web primitivas.

[photopress:RIA_IU.png,full,centered]
Créditos: Uday M. Shankar, Adobe Flex – an introduction, mar/2008 (em Slideshare).

Segundo estatísticas do site Stat Owl, levando em consideração os diversos sistemas operacionais e navegadores web existentes, em setembro de 2008 o suporte runtime instalado para Adobe Flash já era 97,48% (verdadeiro padrão de facto), Java 81,37% e Microsoft Silverlight apenas 17,64%. Em abril de 2011, estas mesmas plataformas evoluiram para percentuais de penetração 95,65%, 77,31% e 63,92% respectivamente.

Percebe-se, portanto, uma notável expansão do suporte à tecnologia RIA da Microsoft no período medido, enquanto o pequeno decréscimo de Flash pode ser explicado pela ausência de suporte ainda existente em alguns ambientes operacionais de dispositivos móveis que vem se popularizando, como Apple iOS (iPhone e iPad).

[photopress:Suporte_RIA.png,full,centered]
Fonte: Stat Owl, Rich Internet Application Market Share – RIA Market Penetration and Global Usage comparing Adobe Flash, Microsoft SilverLight and Java, set/2008 a abr/2011.

2009

Em 2009, o mercado ainda estava incipiente e muitos produtos foram considerados pelo Gartner em tecnologias Ajax e plataformas RIA, dez deles classificados com tendência positiva ou muito positiva.

Forte
Negativo
Cuidado Promissor Positivo Forte
Positivo
Adobe Plataforma Flash RIA ($/L)
Backbase Ajax framework Ajax ($)
DevExpress para .NET RIA ($)
Dojo Ajax toolkit Ajax (L)
Ext JS JavaScript, Ext GWT Ajax ($/L)
Google GWT Java, Closure Ajax (L)
IBM Ajax, Lotus Expeditor Ajax/RIA ($/L)
ICEsoft ICEfaces JSF Ajax (L/$)
Infragistics para .NET Ajax ($)
Isomorphic Soft SmartCli, GWT Ajax/RIA (L/$)
JackBe Ajax framework Ajax ($)
jQuery JavaScript Ajax Ajax (L)
Magic Software uniPaaS RIA ($)
MB Tech Bindows Ajax ($)
Microsoft Silverlight, WPF RIA ($)
Nexaweb E.Web Suite Ajax/RIA ($)
Oracle ASF Faces JSF Ajax ($)
Prototype/
script.aculo.us
JavaScript Ajax (L)
Sun Microsystems JavaFX RIA (L/$)
Telerik para .NET Ajax ($)
Tibco Software GI Ajax (L)
Yahoo YUI toolkit Ajax (L)

Fonte: MarketScope for Ajax Technologies and RIA Platforms, Gartner, por Ray Valdes e outros, 2009-12-31, reproduzido por Adobe (PDF).

2011

Atualizando a pesquisa em 2011, o mercado ainda se mostra em evolução, com oito produtos apontados como tendência positiva ou muito positiva.

Comparando com 2009, Adobe Flash e Microsoft Silverlight tiveram sua tendência refreada (Positivo), enquanto a versátil biblioteca livre JavaScript jQuery obteve maior evidêcia (Muito Positivo).

Saíram da lista Magic Software uniPaaS e MB Tech Bindows; Ext JS se tornou Sencha, enquanto Sun foi incorporada à Oracle; e entram agora Canoo Engineering RIA Suite (UltraLightClient framework baseado em Java EE) e Vaadin (framework RIA Java baseado em GWT widgets e extensa coleção de componentes UI).

Forte
Negativo
Cuidado Promissor Positivo Forte
Positivo
Adobe ⇓ Plataforma Flash RIA ($/L)
Backbase ⇓ Portal Ajax ($)
Canoo Engineering UltraLightClient RIA ($)
DevExpress para .NET RIA ($)
Dojo Ajax toolkit Ajax (L)
Google GWT Java, Closure Ajax (L)
IBM Ajax, Lotus Expeditor Ajax/RIA ($/L)
ICEsoft ICEfaces JSF Ajax (L/$)
Infragistics para .NET Ajax ($)
Isomorphic Soft SmartClient, GWT Ajax/RIA (L/$)
jQuery jQuery JS lib Ajax (L)
Microsoft ⇓ Silverlight, WPF RIA ($)
Oracle ASF Faces JSF, JavaFX Ajax/RIA (L/$)
Prototype/
script.aculo.us
JavaScript Ajax (L)
Sencha Ext JS, Ext GWT Ajax ($/L)
Telerik ASP.NET Ajax Ajax ($)
Tibco Software General Interface Ajax (L)
Vaadin Vaadin RIA RIA (L)
Yahoo YUI Library Ajax (L)

Fonte: MarketScope for Ajax Technologies and RIA Platforms, Gartner, por Ray Valdes e outros, 2011-03-31, reproduzido por Microsoft.

Conclusão

Tecnologias RIA e Ajax têm se tornado cada vez mais difundidas e maduras.

Podemos inferir, pela evolução do Gartner MarketScope, que plataformas RIA com componentes ricos nativos (Ajax e DHTML) — boa parte delas baseadas em frameworks livres e Java server/EE) — tem ganhado força, em detrimento daquelas baseadas em runtime próprio.

É provável que o emergente padrão HTML 5, quando se estabelecer, reforce ainda mais esse movimento.

Para saber mais:

Março foi o mês dos novos browsers

Este março de 2011 foi um mês marcante para reaquecer a saudável guerra de browsers (navegadores internet).

Em 08/03/2011, a Google lançou o stable release do Chrome 10 para Windows, Mac, Linux e Chrome Frame.

Em 14/03/2011, Microsoft fez o lançamento oficial do Internet Explorer 9, anunciado durante o evento South by SouthWest (SXSW 2011) em Austin, Texas.

E em 22/03/2011, a Fundação Mozilla lançou o Firefox 4 para Windows, Mac OS X e Linux, e brevemente disponível também para dispositivos Android e Maemo.

Foi um lançamento por semana.

Desde janeiro, tenho publicado alguns posts sobre os novos navegadores: Corrida dos navegadores rumo a HTML5 e CSS3; Firefox 4 Beta e a barra de status; Firefox 4 Beta – novidades na interface.

Como já comentei, duas temáticas importantes nestas novas versões foram: motores/mecanismos de renderização eficientes com suporte a HTML e os mais recentes padrões de JavaScript e Estilos CSS; e remodelagem da interface visando simplificação e maximização da área útil para exibição das páginas.

Aos poucos vou observando pontos positivos e negativos em cada um. Por exemplo, adorei o recurso de escolha de complementos (plug-ins) do Internet Explorer 9, que mostra o impacto de cada complemento no tempo médio de inicialização do navegador:

[photopress:ie9_complementos.png,full,centered]

Isto é algo que tem me incomodado no Firefox: ele tem demorado muito a iniciar (abrir a janela inicial), acho que a culpa deve ser de uma das várias extensões que utilizo, mas não sei precisar qual nem tenho tempo e paciência para testar uma por uma.

Por outro lado, detestei saber que o Google Chrome, apesar de sua excelente compatibilidade com os novos padrões e a perceptível rapidez na exibição de páginas, ainda não tem recursos super básicos como configurar impressora (margens, cabeçalho e rodapé) nem previsualizar impressão.

Qual navegador é o melhor, ainda é cedo para dar um veredito, pois são muitos quesitos envolvidos. Vamos experimentar e ficar atentos ao que o público diz na internet!