Gartner – TI mais eficiente em 2010

No relatório Gartner Perspective: IT Spending 2010 (PDF, em inglês, disponível mediante registro gratuito), o Gartner apresenta os resultados dos seus forecasts sobre gastos com TI para 2010 em todo mundo, incluindo visões segmentadas por área (hardware, software, telecomunicações e serviços), região do mundo, mercado vertical (financeiro, setor público, manufatura, comércio, serviços…).

Depois de um 2009 que sofreu globalmente aperto e encolhimento com a crise desencadeada com as quebras da Bolsa de NY no final de 2008, as perspectivas para 2010 são de retomada de crescimento do mercado e dos investimentos em TI no mundo, com especial fôlego na América Latina, certamente encabeçado pelo próspero momento do Brasil. A previsão de crescimento nos gastos de produtos e serviços de TI para usuários finais em 2010 é de 8,8% para a América Latina, ante à média total de 3,3% no mundo.

Mas o que mais me chamou a atenção na seção conclusiva CIO Agenda 2010, por Mark McDonald, Vice-Presidente do Grupo e Chefe da Pesquisa do Gartner Executive Programs, foi o ranking das Top 10 Prioridades em Negócios. Veja as três primeiras:

  1. Melhoria de processos de negócio
  2. Redução dos custos
  3. Melhoria de efetividade na força de trabalho

Ou seja, a prioridade da TI é aumentar a eficiência. Fazer mais e melhor com menos. Creio que foi essa a grande marca e lição que a crise deixou.

Por falar em momento próspero do Brasil, eu gostaria de citar um fato relevante. A mais influente revista de negócios do mundo, The Economist, e a revista semanal de maior circulação no Brasil, Veja, ambas tiveram recentes reportagens de capa (note a similaridade das ilustrações) sobre o momento favorável do Brasil. É algo notável e a hora é essa!

[photopress:TheEconomist_2009_11_Brazil_takes_off.jpg,thumb,alignleft_caixa] [photopress:Veja_2009_11_Carreira.jpg,thumb,alignright_caixa] The Economist – O Brasil decola, 2009-11-12, reportagem especial (em inglês) de 14 páginas sobre a história de maior sucesso na América Latina.

 
Veja – Carreira: Agora é com você! – O Brasil decolou e as oportunidades estão aí, 2009-11-11, reportagem especial Vocações de 41 páginas.

Foco na solução

Hoje assisti uma palestra da Rita Mulcahy no 4º Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Projetos, que está ocorrendo em Belo Horizonte, MG, promovido pelos Capítulos Brasileiros do PMI, sob a coordenação do Capítulo Minas Gerais (PMI-MG) e do PMI – Project Management Institute.

Rita é autora do mais conceituado treinamento e material didático preparatório para a certificação PMP (no Brasil, sua empresa RMC tem a Project Lab como representante).

Mas a palestra, super divertida e inusitada, não foi nada sobre certificação ou os assuntos usuais das disciplinas do gerenciamento de projetos.

Fazendo um gancho com sua nova marca de material Tricks of the Trade, Rita falou sobre como o gerente de projetos deve lidar com problemas.

Algumas coisas que ela falou vem de encontro a algo que eu gostaria de abordar há algum tempo aqui no blog.

Rita Mulcahy ressaltou que gasta-se muito tempo e energia para lamentar um problema. Também fez a sua definição sobre o que ela entende ser problema. Em uma tradução livre, é mais ou menos isso: “Problema é a diferença negativa entre o que se deseja/espera o que se (ob)tem.” Rita afirma que o mais importante não é o problema em si, mas como você o percebe e aborda.

Mais do que lidar com problemas, eu vou além. Uma capacidade valiosa do profissional de hoje é ter o foco na solução.

Como disse a Rita, lamentar problemas consome muito tempo e energia preciosos. E de forma infrutífera. E acrescento, com pesar: Em qualquer situação na vida pessoal ou no trabalho, em geral é fácil encontrar pessoas que apontam, criticam e amarguram problemas à exaustão. Algumas chegam a ter o senso aguçado de antever e detalhar as mais remotas consequências prováveis de um problema, falha, risco, receio ou até mera especulação.

O que estas pessoas não percebem é que focar com tanta intensidade as energias no problema — talvez momentaneamente tentando servir como desabafo? — não ajuda em nada a resolvê-lo. O foco no problema é uma atitude profundamente negativa. Só aumenta o estresse.

Realmente útil é a qualidade magistral de ter o foco na solução. Para mim, focar na solução é, tão logo se identifique um problema — e preferencialmente também sua(s) causa(s) — imediatamente concentrar toda a energia, tempo e intelecto em buscar uma solução para esse problema! É ser positivo, de forma prática e pragmática.

Parece simples, mas minha experiência pessoal mostra que infelizmente ainda são raras as pessoas que “treinam e calibram” sua mente para manter o foco em soluções.

Seja em uma reunião de trabalho ou familiar, e até em volta de uma mesa de bar, a maioria das pessoas tende a uma postura crítica e negativa ao discutir qualquer assunto, com foco no problema. E custa haver um iluminado que seja para engrenar qualquer ideia ou sugestão rumo à solução.

Rita Mulcahy também dá dicas que ajudam a orientar o foco na solução: Liste os problemas, para trazer clareza e objetividade ao cérebro. Liste também as coisas que estão indo bem, para retomar serenidade e ânimo. E trate de começar a buscar soluções!

Contratações de TI na Administração Pública

Muitos brincam que a complexidade da Lei Federal nº 8.666/1993 (lei das licitações e contratos da Administração Pública) não termina em “666” por acaso. Ela é complexa e, em vários aspectos, complica ou limita as ações de aquisição da Administração Pública.

A coisa se torna ainda mais confusa devido à enorme quantidade de legislação complementar, bem como atos normativos, e orientações, decisões e jurisprudência aplicáveis dos Tribunais de Contas (da União — TCU — e dos estados) e outros órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo.

Quando o assunto é aquisição de serviços em tecnologia da informação (TI), então, onde o objeto das contratações frequentemente é complexo e detalhado, o cenário fica ainda mais desafiador, para não dizer desanimador.

Mas desde 2008 as coisas vem sendo organizadas, melhoradas, evoluídas e facilitadas. Uma série de estudos e acórdãos do TCU — através de sua Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (SEFTI) — e as instruções normativas decorrentes da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do Planejamento tem trazido definições claras, precisas e objetivas para orientar as contratações de TI.

A maior parte destes atos se aplica à Administração Pública Federal, mas pode ser considerada fonte de melhores práticas e adotada integralmente também pelas outras esferas governamentais, Estadual e Municipal.

Quadrante Mágico de Enterprise GRC 2009

O Gartner publicou em 12 de agosto de 2009 o relatório de análise Quadrante Mágico para Plataformas de Governança Corporativa, Risco e Conformidade (E-GRC), por French Caldwell, Tom Eid e Carsten Casper.

Os fornecedores OpenPages, BWise e Thomson Reuters se destacam no quadrante líder, onde também está a Oracle, com mais completude de visão porém menos habilidade de executar que os outros três. A MetricStream aparece no limiar de entrada no quadrante líder.

[photopress:egrc_gartner_magicq_2009.png,full,centered]

Fonte: Magic Quadrant for Enterprise Governance, Risk and Compliance Platforms, redistribuído por Oracle.

Para contextualizar e compreender este Quadrante Mágico, é Importante ressaltar os aspectos abordados nas seções iniciais do relatório — de introdução e de visão geral e definição/descrição do mercado:

Os líderes provaram funcionalidades em GRC nas quatro funções primárias do GRCM (GRC management: gerenciamento de GRC) — gerenciamento de auditoria, gerenciamento de conformidade, gerenciamento de riscos e gerenciamento de políticas (policy).

GRCM é definido como a automação do gerenciamento, medição, resolução e relatório de controles e riscos em relação ao objetivos, de acordo com regras, regulamentação, padrões e políticas.

Muitas corporações tipicamente consideram uma aplicação de GRCM para satisfazer um requerimento específico, como conformidade com Sarbanes-Oxley, uma regulamentação específica de seu segmento ou o gerenciamento do risco operacional para um processo de negócio. Entretanto, instituições frequentemente tem outras atividades de GRCM em mente, como gerenciamento de auditoria, regulamentação adicional, governança de TI, gerenciamento de resolução (remediation) e gerenciamento de políticas/normas (policy), o que eventualmente pode ser integrado a uma abordagem mais consolidada de EGRC.

“Governança”, “gerenciamento de riscos” e “conformidade” são termos gerais que podem ser aplicados a uma vasta faixa de produtos, iniciativas de TI e requisitos de negócio. Estes três termos tem muitos definições válidas entre a base de clientes do Gartner. As definições a seguir ilustram o relacionamento entre os três termos:

  • Governança — O processo pelo qual políticas/normas (policies) são definidas e a tomada de decisão é executada.
  • Gerenciamento de Riscos — O processo para tratar riscos com um balanceamento de mitigação através da aplicação de controles, transferência através de seguro e aceitação através de mecanismos de governança.
  • Conformidade — O processo de aderência às políticas/normas e decisões. Políticas/normas podem ser derivadas de diretivas internas, procedimentos e requisitos, ou de leis, regulamentação, padrões e acordos externos.

Para uma caracterização mais abrangente desse mercado, o relatório recomenda os artigos: “A Comparison Model for the GRC Marketplace, 2008 to 2010” (2008-07-01) e “The Enterprise Governance , Risk and Compliance Platform Defined” (2008-02-19).

Também aguardo pelo Quadrante Mágico do Gartner para 2009 atualizando o mercado de Gestão de Conteúdo Corporativo (ECM), que deve ser publicado a qualquer momento neste terceiro trimestre. O relatório anterior foi lançado em 23 de setembro de 2008.

O fundo do poço da terceirização

O artigo que recomendo é de 11 de setembro, mas a tragédia que ele descreve não é a das torres gêmeas.

Fala da crise na relação entre empresas e seus fornecedores de serviços de desenvolvimento e manutenção de sistemas, que nunca foi muito harmonioso, mas parece estar chegando ao fundo do poço.

Leia o artigo No Fundo do Poço, por Paulo F. Vasconcellos (*), em seu blog Finito. Estou certo que, se você é profissional de TI/software — contratante ou fornecedor — o relato ilustrativo da crônica vai soar no mínimo plausível, quiçá familiar.

Acrescento a seguir minha reflexão sobre o tema.

Terceirização de TI é um caminho de fluxo intenso nas empresas. Já foi do desenvolvimento de software ao SaaS, da consultoria em infraestrutura ao cloud computing.

As motivações mais comuns são economia — de dinheiro, tempo, ou pessoal. Já as mais nobres incluem busca por flexibilidade, eficiência e até agregar valor ao negócio. Mas os resultados concretos muitas vezes são recheados de casos de problemas, frustrações e insucessos.

Para as empresas contratantes, creio que o mais importante é perceber que terceirização não é uma válvula de escape nem eliminação de um trabalho, mas sim a troca de um modelo de trabalho — baseado em produção interna — por outro — baseado em contratação.

Se por um lado libera a empresa da execução interna de uma série de atividades que passam a ser realizados por terceiros, por outro lado cria ou intensifica outras.

A terceirização exige que a empresa invista internamente na inteligência e análise de negócios, no estreitamento das relações da TI com as áreas demandantes e suas reais necessidades — o que costuma ser sintetizado pela expressão “alinhamento estratégico” — e na gestão de projetos e contratações.

O ambiente empresarial propício da contratante ainda suscita boa padronização e maturidade dos seus processos de trabalho (pelo menos das áreas que demandam a TI). E ao lidar com fornecedor, por mais “parceiro” que este seja, deve-se sempre seguir o princípio “confiar mas vigiar”.

Se na terceirização de TI, especialmente em software, não houver a devida preocupação e investimento da empresa contratante nestes aspectos que citei, essa troca corre o sério risco de não ser vantajosa, não colher a economia, a melhoria ou o produto esperados.

(*) Paulo F. Vasconcellos é consultor e palestrante com mais de 20 anos de experiência em projetos de tecnologia da informação, pioneiro na Formação de Analistas de Negócios (FAN).

Quadrantes Mágicos BI atualizados

Ontem falei da atualização de mercado do relatório de Quadrante Mágico do Gartner para ECM/WCM.

Hoje atualizo os quadrantes mágicos para as plataformas de inteligência de negócios (business intelligence – BI), desde meu artigo com a visão geral das ferramentas e do mercado de BI em 2008.

Magic Quadrant for Business Intelligence Platforms, 2009, por James Richardson, Kurt Schlegel, Rita L. Sallam e Bill Hostmann, 2009-01-16, Gartner. Reproduzido por MicroStrategy (PDF, requer registro gratuito); Oracle (Press: Oracle Placed in Leaders Quadrant in Latest Business Intelligence Platforms Magic Quadrant, 2009-01-22; Industry Analyst Reports sobre Oracle BI).

[photopress:bi_gartner_magicq_2009.png,full,centered]

Fonte: Gartner, janeiro 2009.

Líderes:
IBM (Cognos), Oracle, SAS, Microsoft, SAP (Business Objects), Information Builders, Microstrategy.

Magic Quadrant for Corporate Performance Management Suites, 2009, por Neil Chandler, Nigel Rayner, John E. Van Decker e James Holincheck, 2009-04-30, Gartner. Reproduzido por Oracle (Press: Leading Analyst Firm Positions Oracle’s Hyperion in Leaders Quadrant for Corporate Performance Management Suites, 2009-01-07; Industry Analyst Reports sobre Oracle EPM).

[photopress:bi_gartner_magicq_cpm_2009.png,full,centered]

Fonte: Gartner, abril 2009.

Líderes: Oracle (Hyperion), SAP (Business Objects), IBM (Cognos).

Gestão, administração e governança são ciência clara

Quem se formou técnico de TI e um dia se vê enveredando pela gestão de TI tem que aprender, o mais rápido possível: Gestão (de projetos, de processos, de recursos), administração e governança são ciências claras e objetivas, não são intuição nem tentativa-e-erro. Ou seja, também é essencial se formar gestor.

A cada conceito ou metodologia de gestão, administração e governança ao qual sou apresentado, vejo como tudo se encaixa — com a ressalva das devidas proporções e adaptações — na realidade.

Foi assim com os Níveis da administração, com o Zachman Framework, com a Pirâmide de Maslow. Igualmente assim com PMBOK, ITIL, COBIT, GRC.

Você começou técnico e acabou gestor? Meu conselho: Não perca tempo “batendo cabeça”, não reinvente a roda, não tateie no escuro. Estude, capacite-se e profissionalize-se já! É sábio aquele que aprende com seus erros e acertos. E esperto aquele que aprende com os dos outros.

Pode ser com curso(s), livros ou simplesmente navegando no mar de informação da internet. O importante é aprender e, então, praticar.

Checklist: Diagnóstico de indisponibilidade no ambiente de serviços web

Em mais de 16 anos trabalhando com o ambiente de aplicações e conteúdo web, boa parte deles atuando ou cooperando na administração, já vivenciei muitos problemas.

Em geral, nada é mais atordoante do que o surgimento (súbito ou intenso) de algum evento ou reclamação de indisponibilidade ou erro em um ou mais serviços ou recursos. Em um ambiente complexo como este, interpretar os sintomas, rastrear até a origem, identificar a(s) causa raiz do problema e obter uma solução é missão ampla e complexa.

Some-se o fato de, cada vez mais, o ambiente web estar sendo cenário de sistemas e serviços de missão crítica e operação ininterrupta 24×7. Ou seja, é uma estressante corrida contra o tempo.

Por isso, elaborei aqui um checklist procurando listar todos os elementos envolvidos neste complexo ecossistema, para orientar e facilitar o diagnóstico de indisponibilidades no ambiente de serviços web.

  1. Problemas e sintomas
    1. O quê: Caracterização dos problemas: quais serviços, em que situação
    2. Quando: Data ou período de início de problemas observados ou reportados
    3. Como: Cada problema identificado pode ser reproduzido sistematicamente, ocorreu uma única vez, ou é intermitente?
  2. Usuário
    1. Indisponibilidade ou problemas de configuração no acesso do usuário
    2. Desktop usuário infectado por malware
    3. Desktop usuário com problemas no navegador, no sistema operacional, instalação ou configuração de software
    4. Desktop usuário com gargalos ou problemas de processamento e desempenho de hardware (CPU, memória RAM, GPU, disco/armazenamento, rede), ou de configuração de driver, software ou sistema operacional
    5. Desktop usuário com falhas ou defeitos de hardware
    6. Robôs de busca e varredura com atividade excessiva
    7. Invasores, ataques e usos indevidos ou mal-intencionados
  3. Aplicação
    1. Defeitos (bugs, inadequações ou ineficiência) no código da aplicação, inclusive SQL (consultas, stored procedures) submetido ao banco de dados
    2. Serviços ou aplicações web implantados ou atualizados no período
    3. Configurações e testes realizados em produção ou desenvolvimento
    4. Mudanças no contexto/cenário operacional
  4. Infraestrutura de Software
    1. Gargalos de configuração ou picos de ocupação (slots, threads, ouvintes)
      1. Proxy ou web cache
      2. Servidor web
      3. Servidor de aplicação (Java EE, .NET, PHP etc.), CMS/ECM, SOA, ESB, BPM e outros servidores de middleware
      4. Servidor de banco de dados
      5. Outros serviços, recursos e mecanismos envolvidos (autenticação, transação, armazenamento etc.)
    2. Incompatibilidade e falhas – atualizações e patches no período
      1. Serviços proxy, web, aplicação, banco de dados, outros
      2. Sistema operacional
      3. Java VM, ferramentas, componentes e bibliotecas
  5. Infraestrutura de Hardware e Rede
    1. Hardware dos servidores – Gargalos ou falhas
      1. Uptime – tempo “no ar” desde o último desligamento
      2. E/S (I/O): discos, partições e storage em geral
      3. CPU: carga, multitarefa, deadlocks, temperatura
      4. Memória e cache
    2. Equipamentos e configurações de rede e conectividade
      1. Gargalos e falhas de hardware nos equipamentos de rede e conectividade
      2. Falhas (mau contato, encaixe, desgaste, ruptura etc.), interferência ou insuficiência em cabeamento, conectores e sinal sem-fio
      3. Ativação e configuração de interfaces, rotas e domínios de rede
      4. Mudanças e atualizações de configuração de switches, roteadores, hubs etc.
      5. Mudanças e atualizações de firewall, IDS e outros appliances de rede, conectividade e segurança
    3. Transmissão de dados e telecomunicações
      1. Falhas ou indisponibilidade nos canais (links) de comunicação de dados
      2. Gargalos no tráfego, volume ou QoS de dados
    4. Gerenciamento de energia e ambiente
      1. Falhas ou instabilidade no fornecimento ou rede de energia
      2. Falhas em no-breaks, estabilizadores ou geradores
      3. Falhas ou insuficiência na refrigeração
      4. Falhas ou incidentes na estrutura física do ambiente
      5. Invasores, ataques e ação ou mal-intencionada na segurança física do ambiente
  6. Provedores de serviços e recursos
    1. Mudanças ou alterações diversas ocorridas em provedores externos

Os itens de diagnóstico aqui listados são, em geral, apenas os elementos a serem verificados, sem entrar em detalhe de como fazer o diagnóstico, pois isso pode variar muito de um ambiente para outro.

Entre os recursos de diagnóstico, destaco dois, presentes na maioria dos sistemas ou componentes de tecnologia:

  • Arquivos de log/registro/histórico de mensagens/avisos/alertas/erros
  • Console, ambiente ou ferramenta de administração, monitoramento e controle

Como a lista é grande, priorize a análise e o diagnóstico dos elementos para os quais haja indício provável — em especial, evento, registro ou alta probabilidade de incidente, falha, ou alteração recente –, deixando os menos suspeitos para o final. Como costumo dizer: “Não procure chifre em cabeça de cavalo.”

Referências relacionadas:

IDG Computerworld sobre BI e BA

O portal Computerworld da IDG Brasil está com um hotsilte Company Zone patrocinado pelo IDC – Conheça as vantagens do Business Intelligence.

O “IDC Special Study – A Inteligência dos Negócios como Diferencial Competitivo” provê informações sobre o mercado de Business Intelligence e Business Analytics, em uma série de matérias:

O conceito de Inteligência de Negócios em TI, tradicionalmente conhecido como BI (Business Intelligence – Inteligência de negócios) evoluiu para o conceito de BA (Business Analytics – Análise de negócios). Pesquisas realizadas pela IDC mostram que, para atender às transformações do negócio, o Mercado de Business Intelligence tem evoluído em ciclos:

  • 1975 a 1990: basicamente produção de relatórios em mainframes;
  • 1990 a 2005: interfaces amigáveis e arquiteturas cliente-servidor (reporting, DW, data mining, ETL, OLAP, dashboards, scorecards);
  • o último, iniciado em 2005 com previsão de término em 2020, traz consigo o conceito de Inteligência de Negócios, aplicado a soluções mais completas, evoluindo para o que o mercado chama de BA (Business Analytics).

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Fonte: Qual o panorama atual do mercado de BI e BA, Computerworld, IDG Brasil, baseado em análise do IDC, 2008.

A inteligência analítica de negócios (BA) possibilita o acesso, a transformação, a armazenagem, a análise, a modelagem, a entrega e o rastreamento da informação com o objetivo principal de capacitar a tomada de decisão estratégica. Divide-se, basicamente, em duas categorias: Performance management – PM (ferramentas e aplicações) e Data Warehouse – DW (plataformas); engloba, além das tradicionais ferramentas de BI e plataformas de armazenagem DW, aplicações analíticas de CRM, BPM, SCM e OPP. Os benefícios obtidos pelas instituições devem influir diretamente na melhoria de processos de negócio, na forma de mais velocidade, assertividade, relevância, consistência, controle e visão.

A IDC mapeou as ações que devem ocorrer em ordem cronologia para a obtenção de sucesso em um processo de avaliação, aquisição e implantação de um projeto de Inteligência de Negócios:

  1. Gestores devem identificar e mapear as necessidades e processos organizacionais, com foco na importância estratégica de cada um destes.
  2. TI deve identificar e selecionar os possíveis parceiros estratégicos, observando capacidade tecnológica, competência técnica e de negócios, aderência ao perfil da organização, relação custo benefício, atuação do fornecedor, incluindo tamanho (receita anual) e seus atuais clientes e casos de sucesso, e a diversidade quanto a extensão e abrangência do portfólio de produtos oferecidos.
  3. Criar um comitê de competência, composto por dois grupos-chave de pessoas: o grupo de conhecimento técnico e o grupo de conhecimento de negócio; este comitê será responsável por definir as funcionalidades do projeto de Inteligência de Negócios a ser implementado pela organização.
  4. Planejar e negociar contratos, definindo claramente escopo, prazo, custo, condições de exceção, matriz de responsabilidades, níveis de serviço (SLA), indicadores, métricas — atentar-se para as métricas de negócio, e não apenas as técnicas — bônus e penalidades.
  5. Gerenciar, executar e controlar o projeto, com acompanhamento contínuo do projeto para assegurar que aquilo contratado está sendo cumprido e está satisfatório, bem como identificar possíveis necessidades de mudanças, oferecendo ao comitê embasamento para as tomadas de decisão.

Segundo a IDC, os maiores erros na adoção destas soluções, que podem levá-la ao insucesso ou à insatisfação, são normalmente:

  • Uma adoção liderada apenas pela área de tecnologia, sem o apoio da alta gerência e sem o devido envolvimento das outras áreas internas de interesse.
  • Falta de conhecimento sobre os impactos que podem ser gerados pela nova solução, nos negócios da organização. Por exemplo, considerar disponibilidade de 99,5% como um indicador, sem prévia análise.
  • O quanto custaria para a empresa a indisponibilidade de 0.05%? Esta sim deveria ser a questão a ser respondida.

Os aspectos técnicos são sim importantes, mas os de negócio também o são. Uma boa solução deve começar sempre com o entendimento real do processo de tomada de decisão, que ocorre ao longo de cada processo de negócio. É preciso entender e documentar as decisões tomadas, bem como o impacto que causaram no desempenho. Responder a perguntas pode auxiliar nesse entendimento:

  • Como tomamos as decisões hoje?
  • Estas decisões são tomadas de forma coerente?
  • Quem são os melhores tomadores de decisão?
  • As decisões consideram indicadores reais de negócio?
  • Estamos utilizando as melhores práticas na tomada de decisão?

Para aumentar as chances de sucesso de um projeto de BI/BA, a IDC sugere, inclusive, que um centro de competência seja considerado, a fim de assegurar:

  • Apoio e aprovação da alta gerência.
  • Equipe composta por especialistas na tecnologia de BA e por especialistas no negócio da organização que tenham poder de decisão.
  • Foco na integração contínua, na qualidade e nos esforços magistrais para a gerência de informações.
  • Única fonte de conhecimento corporativa para o processo de tomada de decisão.
  • Políticas e procedimentos de governança estabelecidos.
  • Indicadores de medida de performance definidos de acordo com as necessidades de negócio da organização.
  • Redução do risco de fracasso.

Desde 2006, o mercado de fornecedores de solução para BI e BA tem evoluído e se movimentado bastante em consolidação e convergência, como constatava o artigo “Quatro tendências em BI que você deve conhecer” publicado pelo portal CIO em janeiro desse ano.

Dos grandes fornecedores, SAS Institute é o único “pure player” focado totalmente nesse mercado, o que contribuiu para ser um fornecedor de destaque por suas inovações. Outros grandes players têm aumentado seu foco de atuação em BI e BA com aquisições, como Oracle (adquiriu Hyperion em mar/2007), IBM (adquiriu Cognos) e SAP (adquiriu Business Objects em out/2007). Além dos fornecedores já citados, Microstrategy e Microsoft também aparecem entre os líderes. Para mais informações, veja o artigo “Líderes em BI 2008” neste blog.

O Whitepaper Fatores críticos para o sucesso do BI oferecido pela Microstrategy, disponível para download gratuito (PDF) no portal da IDG Computerworld Brasil, traz também um diagrama muito interessante apresentando uma arquitetura de referência para o que o artigo chama de Pervasive BI:

[photopress:Arquitetura_Ref_BI_Pervasive.png,full,centered]


Uma pena que não esteja mais disponível para download no portal da Computerworld Brasil o Executive Briefing “A Importância da Business Intelligence”, com uma coletânea de seis matérias em que os editores da revista apresentam visões e análises do mercado de BI.

O primeiro artigo destaca a previsão do Gartner que até 2012, BI fará parte de 85% das aplicações corporativas, envolvendo desde aumento de identificação de oportunidades táticas até uso em transformações de processo de negócio.

Para um panorama do presente, o quarto artigo traz a informação que, de acordo com a pesquisa “B2B Marketing Report” conduzida pela Epsilon Interactive junto a 175 profissionais de marketing dos Estados Unidos, BI já é essencial para 98% dos executivos de marketing.

O segundo artigo traz pesquisa da Forrester Research, encabeçada pelo analista Boris Evelson, apontando 10 dicas para uma estratégia de BI bem sucedida:

  1. Escolha um responsável do Nível-C (que não seja o CIO nem CTO). A implementação de BI não deve, em absoluto, ser responsabilidade da TI; deve estar patrocinada por um executivo de primeiro escalão da linha de frente.
  2. Crie definições comuns. Métricas e indicadores devem ser única e claramente definidos.
  3. Tenha acesso à atual situação. Tanto a área de TI como de negócio devem estar envolvidas na análise detalhado do ponto em que está a inteligência de negócio na instituição, incluindo processos, fluxos e estrutura organizacional.
  4. Crie um plano para armazenamento de dados.
  5. Entenda o que os usuários precisam.
  6. Decida entre comprar ou construir o modelo de análise de dados.
  7. Considere todos os componentes de BI.
  8. Escolha um sistema integrador.
  9. Pense em “acionável” e em “pequenos passos”. Escolha a dedo um usuário especialista, um analista de negócio e um desenvolvedor e crie primeiro uma prova de conceito.
  10. Escolha algo simples para começar, mas com compenentes de alto valor para produzir resultados. O projeto deve começar pequeno, escolhendo-se de 10 a 20 indicadores de desempenho e criando padrões e governanças com base neles.

O quinto artigo do Executive Briefing da Computerworld faz um alerta essencial: BI exige profissional com experiência de negócios. O perfil necessário ao profissional encarregado das iniciativas de Business Intelligence (BI) demanda conhecimentos técnicos na mesma medida que capacidades de negócios. Eles precisam, antes de mais nada, entender os tipos de decisão que a instituição precisa tomar, as perguntas que deverão ser feitas no processo de decisão e os tipos de dados que vão responder a estas questões. Os profissionais de BI também devem ter talentos sociais, em especial habilidades de comunicação mais apuradas.

Fusão de Itaú e Unibanco

O Itaú e o Unibanco anunciaram, nesta segunda-feira (03), a unificação de suas operações financeiras, para formar o maior banco privado do hemisfério sul e um dos vinte maiores do mundo.

De acordo com comunicado enviado ao mercado nesta manhã pelas duas companhias, negociações começaram há 15 meses, mas foram aceleradas pela chegada da crise financeira internacional ao Brasil, que tornou o crédito mais caro e escasso. Para os bancos, a compra do Real pelo Santander, fechada no ano passado, mudou os parâmetros de escala do setor financeiro brasileiro. O negócio deu ao Santander o fôlego necessário para disputar de igual para igual o mercado brasileiro com os principais bancos locais (Itaú, Bradesco e Banco do Brasil).

A associação contemplará uma reorganização societária que resultará na migração dos atuais acionistas do Unibanco mediante incorporação de ações para uma companhia aberta a ser denominada “Itaú Unibanco Holding”. O controle da nova instituição será compartilhado entre a Itaúsa e os controladores da Unibanco Holdings. A transação, no entanto, ainda depende de aprovação formal por parte do Banco Central.
Fonte: InfoMoney.

Em entrevista nesta manhã, os atuais presidentes dos bancos, Pedro Moreira Salles (Unibanco) e Roberto Setubal (Itaú), explicaram que um dos objetivos da fusão é criar uma instituição capaz de competir no mercado global. Afirmaram que o processo de internacionalização deve começar pela América Latina e citaram alguns alvos como México, Colômbia, Peru e Chile. O Itaú já possui agências em países do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Chile. Também atua como private banking (banco voltado para pessoas de alta renda) em vários países da América Latina, Estados Unidos e Europa.
Fonte: Portal EXAMEDireto do Pregão.

Para os clientes destes bancos: Itaú e Unibanco, no comunicado da fusão, afirmaram que as operações e negócios realizados com clientes, credores e fornecedores, não sofrerão nenhuma alteração, e que a associação deverá oferecer mais vantagens aos clientes. Segundo os bancos, não haverá demissões nem fechamento de agências. “Nosso primeiro objetivo no sentido de materializar para os clientes uma melhoria é a integração da rede de caixas eletrônicos [do Itaú e do Unibanco]. A integração total vai demorar algum tempo”, afirmou Roberto Setubal.
Fonte: InfoMoney; G1 – Economia e Negócios.

Para os investidores em papéis destes bancos: Em resposta ao anúncio de integração entre Itaú (ITAU4) e Unibanco (UBBR11), a agência de classificação de risco Moody’s reafirmou, na noite desta segunda-feira (3), os ratings de ambas as instituições. A confirmação da nota veio acompanhada de comentários favoráveis em relação ao anúncio. Para a equipe de análise da Moody’s, a fusão relaciona claros benefícios de crédito e ganhos de sinergia para os bancos, que apresentam perfis de risco estáveis. A perspectiva para os ratings tanto de Unibanco quanto de Itaú é estável.
Fonte: InfoMoney.

A fusão foi notícia nos portais de economia e negócios do Brasil e na maior parte do mundo. No portal dos bancos, também há releases e informações: Itaú (hotsite), Unibanco, 03/11/2008.